Incêndio em Gavião dado como dominado. Em Mação, já não há frentes activas

Fim-de-semana com risco máximo em várias localidades por causa das altas temperaturas.

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Casas queimadas na aldeia de Louriceira que esteve cercada pelo fogo, Mação PAULO CUNHA/lusa

Parecem ser “boas notícias” para a Protecção Civil: o fogo em Gavião, distrito de Portalegre, que lavrava desde quinta-feira foi dado como dominado por volta das 19h deste sábado, mas continua a mobilizar mais de 500 operacionais e quatro aeronaves. Já o incêndio em Mação continua a “merecer grande atenção” e, ainda que tenha havido algumas reactivações durante a tarde, o fogo está “mais estabilizado” e sem frentes activas, afirmou a ajunta de operações da Protecção Civil, Patrícia Gaspar, num briefing feito às 19h.

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Parecem ser “boas notícias” para a Protecção Civil: o fogo em Gavião, distrito de Portalegre, que lavrava desde quinta-feira foi dado como dominado por volta das 19h deste sábado, mas continua a mobilizar mais de 500 operacionais e quatro aeronaves. Já o incêndio em Mação continua a “merecer grande atenção” e, ainda que tenha havido algumas reactivações durante a tarde, o fogo está “mais estabilizado” e sem frentes activas, afirmou a ajunta de operações da Protecção Civil, Patrícia Gaspar, num briefing feito às 19h.

Gaspar garante que ainda há “muitas horas de trabalho pela frente para garantir a extinção” do fogo em Mação, no distrito de Santarém, que deflagrou na quarta-feira e continua com um dispositivo no terreno (807 operacionais, apoiados por 235 veículos terrestres) “para garantir que o incêndio se mantém controlado”.

Numa conferência de imprensa nesta manhã, a adjunta nacional de operações da Protecção Civil classificava o incêndio de Mação como tendo um "comportamento extremo": a dada altura, "andou dez quilómetros em duas horas", exemplificou.

Na conferência das 19h, Patrícia Gaspar referiu que existem novas ocorrências em Vila Nova de Paiva (Viseu), Covilhã (Castelo Branco) e Alfândega da Fé (Bragança). Nenhuma destas ocorrências está ainda perto de afectar habitações ou infra-estruturas semelhantes, garantiu a adjunta nacional de operações.

O Governo declarou estado de calamidade pública com efeitos preventivos para este fim-de-semana. A adjunta de operações recorda que, na sequência desta medida, “está proibida a utilização de fogos de artifício ou outros artefactos pirotécnicos”, assim como a utilização de motosserras ou tractores para evitar “possíveis ignições”. Face às “condições muitíssimo adversas”, “qualquer pequena ocorrência pode transformar-se num grande incêndio florestal”, alerta. 

Depois de ser activado o Mecanismo Europeu de Protecção Civil, Portugal conta com a ajuda de meios de Espanha, um avião de Marrocos e ainda três helicópteros suíços. Existem ainda 30 grupos de reforço dos corpos de bombeiros e 535 equipas das Forças Armadas, PSP e GNR para ajudar na “prevenção e presença dissuasora”.

As previsões de aumento de temperatura, que no domingo podem atingir 40 graus, elevam o risco de incêndio, que em muitas localidades está no grau máximo. Segundo a nota do Governo, há "especial incidência nos distritos do interior das regiões do Centro e Norte e alguns concelhos do distrito de Beja e sotavento algarvio".

Patrícia Gaspar explica que as condições meteorológicas se vão manter “desfavoráveis”, havendo tempo quente e seco, pelo que pede que haja “comportamentos adequados junto às áreas florestais”.