Incêndios florestais: várias estradas cortadas e habitantes retirados de casa

Seis planos de emergência permaneciam activados esta segunda-feira. Autoridade Nacional de Protecção Civil decidiu manter o estado de alerta laranja em todos os distritos do continente.

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LUSA/PAULO CUNHA

O número de incêndios florestais diminuiu nesta segunda-feira mas o dia foi extremamente complicado: foi necessário manter activados seis planos de emergência, retirar habitantes de várias aldeias e cortar uma série de estradas. Os próximos dias também não se afiguram fáceis: a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) decidiu manter o estado de alerta laranja em todos os distritos do continente, porque as previsões meteorológicas apontam para a continuação de temperaturas elevadas e vento forte, mantendo-se o preocupante cenário dos últimos dias.

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O número de incêndios florestais diminuiu nesta segunda-feira mas o dia foi extremamente complicado: foi necessário manter activados seis planos de emergência, retirar habitantes de várias aldeias e cortar uma série de estradas. Os próximos dias também não se afiguram fáceis: a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) decidiu manter o estado de alerta laranja em todos os distritos do continente, porque as previsões meteorológicas apontam para a continuação de temperaturas elevadas e vento forte, mantendo-se o preocupante cenário dos últimos dias.

O fogo que começou na localidade de Louriçal do Campo (concelho de Castelo Branco), na madrugada de domingo, progrediu para o concelho do Fundão, concretamente para a aldeia histórica de aldeia de Castelo Novo. Por volta das 19h20, as pessoas começaram a ser retiradas das suas casas, porque a aldeia estava cercada pelo fogo, descrevia a SIC Notícias. Durante a noite soube-se ainda que duas pessoas sofreram queimaduras, estando em avaliação médica, e uma bombeira ficou ligeiramente ferida.

Alguns minutos antes, no segundo briefing diário, Patrícia Gaspar, adjunta nacional de operações da Protecção Civil, sublinhava que desde as 0h tinham sido registados 121 incêndios e frisava que quase todos tinham sido entretanto dominados. Patrícia Gaspar destacava a essa hora não só os dois incêndios com frentes activas que lavravam no concelho de Castelo Branco, mas também dois fogos que estavam a ser combatidos no distrito de Santarém, nos concelhos de Ferreira do Zêzere e de Abrantes. Outros dois incêndios, em Macedo de Cavaleiros (Bragança) e em Santa Marta de Penaguião (Vila Real), preocupavam também as autoridades.

“Mantemos seis planos de emergência de protecção civil activados, um plano distrital e cinco planos municipais”, sintetizava a porta-voz da ANPC, indicando que todos os reforços de combate aos incêndios florestais se mantinham no terreno, com o auxílio de “24 máquinas de rasto” e o apoio de 620 militares da Marinha, Exército e Força Aérea.

Autarca pediu reforços 

Em Vila de Rei, mais de 500 operacionais tentavam combater as chamas e o fogo em Louriçal do Campo, que tinha começado na madrugada de domingo, e acabou por progredir para o concelho do Fundão, passando por várias freguesias da encosta da serra da Gardunha. Desesperado, o presidente da Câmara, Paulo Fernandes, implorava às autoridades “um reforço de meios”, enquanto mandava retirar das casas os habitantes de Castelo Novo. Depois das 22h30 a autarquia activou o plano de emergência municipal.

A auto-estrada A23 foi cortada entre o nó do Fundão Sul e a Lardosa e o incêndio levou ainda ao corte da estrada nacional 18 entre as localidades de Alpedrinha e Vale de Prazeres.

Segundo o presidente da Câmara de Mação, as aldeias de Louriceira e Cerro do Outeiro, em Mação (Santarém), começaram a ser evacuadas ao final da tarde devido à intensidade do incêndio que se aproximava vindo de Vila de Rei.

O balanço dos últimos seis dias é trágico: os incêndios que deflagraram desde quarta-feira já provocaram 48 feridos e três deles, dois bombeiros e uma mulher, são graves, adiantou a porta-voz da protecção civil, que avisou que a situação meteorológica não se deverá alterar nos próximos dias. “Estamos a falar de temperaturas altas, vento, humidades relativas muito baixas. Por isso decidiu-se manter o estado de alerta especial no nível laranja, em todos os distritos do continente”, sintetizou.