Presidente sul-coreano pede que se evite uma nova guerra

Moon Jae-in recebeu chefe do Estado-maior norte-americano e deixou apelo para que se insista numa solução diplomática.

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O Presidente sul-coreano recebeu o chefe do Estado-maior norte-americano em Seul EPA/YONHAP

“Não pode haver mais guerra na Península Coreana”, declarou esta segunda-feira o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, numa altura em que as tensões em torno do programa nuclear norte-coreano são elevadas.

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“Não pode haver mais guerra na Península Coreana”, declarou esta segunda-feira o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, numa altura em que as tensões em torno do programa nuclear norte-coreano são elevadas.

Moon recebeu o chefe do Estado-maior norte-americano, o general Joseph Dunford, que se deslocou à Coreia do Sul para renovar as garantias de protecção ao seu aliado. Dunford disse ser uma obrigação dos EUA assegurar que existe uma “resposta decisiva em caso de ataque”.

Mas a grande prioridade é alcançar uma solução diplomática, têm repetido vários responsáveis norte-americanos e sul-coreanos. “Independentemente dos altos e baixos que encontremos, a situação nuclear norte-coreana deve ser tratada de forma pacífica”, afirmou Moon.

Moon foi eleito em Maio com a promessa de tentar abrir vias de diálogo com Pyongyang, contrariando a linha dura dos últimos governos. Apesar das várias tentativas de iniciar um processo diplomático, o regime de Kim Jong-un tem-se mostrado contrário a qualquer aproximação, enquanto reforça a ideia de que não pretende abdicar do seu arsenal nuclear.

Na semana passada, o Presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou o regime norte-coreano com uma chuva de “fúria” e “fogo” sobre o país, caso Pyongyang insistisse em pôr em causa a segurança norte-americana ou dos seus aliados. O tom duro e pouco diplomático adoptado por Trump surgiu depois de a Coreia do Norte ter realizado dois testes de mísseis de longo alcance no mês passado e de ter sido divulgado um relatório dos serviços de informação dos EUA que conclui que o regime tem desenvolvido de forma acelerada o seu programa nuclear.

Pyongyang respondeu às declarações de Trump com uma ameaça de atingir as proximidades da ilha de Guam, no Pacífico, um território norte-americano onde há milhares de soldados dos EUA. O Presidente norte-americano garantiu que as suas forças militares estão prontas para responder a qualquer provocação, alimentando os receios de um novo confronto na Península Coreana, 64 anos depois do final das hostilidades que ditaram a divisão do território.

As consequências de um potencial conflito militar para a Coreia do Sul seriam incalculáveis. A capital, Seul, uma metrópole de mais de dez milhões de habitantes, está a pouco mais de 30 quilómetros do paralelo 38, onde as duas Coreias se dividem, e seria um alvo fácil para os mísseis do regime.