Isaías Samakuva quer “ruptura com o sistema”
Aos 71 anos, líder da UNITA não desiste de combater nas urnas o MPLA.
À frente do partido do Galo Negro desde o Congresso de 2003, um ano depois da morte do líder histórico Jonas Savimbi, Isaías Henriques Ngola Samakuva nasceu na província central do Bié e juntou-se à UNITA no ano da revolução portuguesa.
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À frente do partido do Galo Negro desde o Congresso de 2003, um ano depois da morte do líder histórico Jonas Savimbi, Isaías Henriques Ngola Samakuva nasceu na província central do Bié e juntou-se à UNITA no ano da revolução portuguesa.
Até 2002, passou a maior parte do tempo no estrangeiro, como representante do partido, e era conhecido como o seu “embaixador”. Na liderança, teve a sua primeira prova de força nas legislativas de 2008 e perdeu de forma drástica, vendo o número de deputados da UNITA descer de 70 para 16. Sobreviveu, com os militantes a recusarem a sua demissão, e nunca mais deixou de ser reeleito. Em 2012, já depois da mudança da Constituição, foi candidato à presidência contra José Eduardo dos Santos e conseguiu duplicar a bancada parlamentar do maior partido da oposição para 32 numa Assembleia Nacional de 220.
Nesta campanha, diz o activista José Patrocínio, “os comícios da UNITA tem tido muita afluência” e reunido apoiantes um pouco por todo o país. Agora, aos 71 anos, Isaías Samakuva promete “educação de qualidade e gratuita para todos os angolanos” e, acima de tudo, “mudança”, “ruptura com o sistema” - porque “quem dirigiu o país durante 42 anos e não consegue sequer dar-nos água potável não pode ser escolhido outra vez”.