Incêndios: 23 feridos e plano de emergência activado em Coimbra
Registaram-se 19 feridos leves em Abrantes e quatro feridos ligeiros na Mealhada. Em Coimbra, o presidente da Câmara alerta que as chamas no concelho de Cantanhede podem chegar às habitações.
Os incêndios que lavram no país causaram já 23 feridos ligeiros (em Abrantes e na Mealhada) e fizeram com que o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, activasse o plano municipal de emergência nesta sexta-feira.
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Os incêndios que lavram no país causaram já 23 feridos ligeiros (em Abrantes e na Mealhada) e fizeram com que o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, activasse o plano municipal de emergência nesta sexta-feira.
O incêndio em Abrantes, no distrito de Santarém, fez um total de 19 feridos leves, e o fogo “muito activo” que lavra na Mealhada, em Aveiro, provocou três vítimas civis e um bombeiro, todos feridos ligeiros, informou a Protecção Civil nesta sexta-feira.
"São ferimentos ligeiros: entorses, quedas, algumas inalações de fumo", avançou a adjunta de operações da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), Patrícia Gaspar, indicando que "algumas destas vítimas acabaram por ser assistidas apenas no teatro de operações e puderam rapidamente retomar a sua actividade".
Já o Plano Municipal de Emergência foi activado na tarde desta sexta-feira pelo presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, devido à preocupação relacionada com o incêndio florestal que lavra na zona de Lamarosa. O fogo no concelho de Cantanhede está a ser combatido por 285 operacionais, apoiados por 81 veículos terrestres.
As chamas "podem atingir habitações" na povoação de Casal do Bom Despacho, na freguesia de Lamarosa, disse à agência Lusa o autarca. "Estão mobilizados todos os meios disponíveis", acrescentou Manuel Machado, sublinhando que são necessários "todos os cuidados".
O fogo que está a atingir aquela zona do concelho, na área limite com os municípios de Cantanhede e de Montemor-o-Velho, teve origem esta sexta-feira, pelas 14h50, em povoamento florestal, na área de Portunhos, no município de Cantanhede.
De acordo com o site da Protecção Civil, o incêndio estava a ser combatido, pelas 20h, por perto de duas centenas e meia de operacionais, apoiados por 63 veículos e três meios aéreos.
O incêndio que deflagrou na quinta-feira, na zona de Barcouço, concelho da Mealhada, também já alastrou ao município de Coimbra, na área de Vil de Matos e Mourelos, progredindo igualmente com violência e suscitando também "muita preocupação", disse Manuel Machado.
A Protecção Civil destacou, pelas 19h, a ocorrência de cinco fogos que lavram nos distritos de Santarém, Aveiro, Coimbra, Lisboa e Viseu, indicando que foi necessário fazer "defesas perimétricas" para protecção das aldeias e das populações afectadas.
A adjunta de operações da ANPC lembrou ainda o acidente que ocorreu durante as operações de combate ao incêndio com "uma aeronave, um avião médio anfíbio Fire Boss, integrado no dispositivo especial de combate aos incêndios, que embateu nos cabos de média tensão", referindo que, fruto desta situação, o avião "teve de proceder a uma aterragem de emergência no centro de meios aéreos de Proença-a-Nova, felizmente sem ferimentos para o piloto, que saiu ileso, mas tendo a aeronave ficado inoperativa".
A Protecção Civil não tem ainda a informação do que é que esteve na origem do acidente com esta aeronave, mas assegurou que "todos os pormenores associados ao que aconteceu esta tarde serão avaliados e serão investigados pelas autoridades competentes, designadamente o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos".