Vila Flor promete revelar "segundo Côa"

Sítio arqueológico não é visitável, mas esta sexta-feira abre centro interpretativo, em edifício construído há mais de 15 anos para esse fim.

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Não é a primeira vez que são encontrados indícios do Calcolítico em Portugal. Em Ferreira do Alentejo também há vestígios. Enric Vives-Rubio

O local do Cabeço da Mina, no município transmontano de Vila Flor, que há décadas desperta o interesse dos arqueólogos, promete revelar ao público vestígios de ocupação pré-histórica comparados pelos responsáveis locais a um "segundo Côa".
Desde a década de 1980 que em terras da freguesia de Assares as escavações têm desenterrado testemunhos da presença humana da era do Calcolítico, cerca de três mil anos antes de Cristo. O Cabeço da Mina está classificado com sendo de interesse público desde 2014 e há quase 20 anos começou a ser construído um centro interpretativo que vai ser inaugurado esta na sexta-feira.
"Existe o Côa e depois Assares, em termos arqueológicos", declara o presidente da Câmara de Vila Flor, Fernando Barros. O centro interpretativo foi financiado pelas medidas de compensação da barragem de Foz Tua, que garante cerca de 300 mil euros a cada um dos cinco municípios da sua área de influência para aplicar neste tipo de obras.

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O local do Cabeço da Mina, no município transmontano de Vila Flor, que há décadas desperta o interesse dos arqueólogos, promete revelar ao público vestígios de ocupação pré-histórica comparados pelos responsáveis locais a um "segundo Côa".
Desde a década de 1980 que em terras da freguesia de Assares as escavações têm desenterrado testemunhos da presença humana da era do Calcolítico, cerca de três mil anos antes de Cristo. O Cabeço da Mina está classificado com sendo de interesse público desde 2014 e há quase 20 anos começou a ser construído um centro interpretativo que vai ser inaugurado esta na sexta-feira.
"Existe o Côa e depois Assares, em termos arqueológicos", declara o presidente da Câmara de Vila Flor, Fernando Barros. O centro interpretativo foi financiado pelas medidas de compensação da barragem de Foz Tua, que garante cerca de 300 mil euros a cada um dos cinco municípios da sua área de influência para aplicar neste tipo de obras.

O autarca explica que, apesar de construído "há 17, 18 anos", o edifício nunca foi preenchido a nível de conteúdos. O núcleo vai mostrar alguns achados arqueológicos, reproduções e conteúdos com motivos de interesse desta zona.
O sítio arqueológico do Cabeço da Mina está em propriedade privada. A família proprietária do terreno permitiu as escavações, mas o local não será visitável. O centro interpretativo é "o resultado de um trabalho longo de uma equipa técnica", sobretudo graças às investigações conduzidas no local entre os meados dos anos 80 e o início da década de 90 pelos arqueólogos Francisco Sande Lemos e Orlando Sousa.

O Cabeço da Mina está situado numa pequena elevação do Vale da Vilariça, na margem direita sobranceira à ribeira do mesmo nome. "O estudo dos artefactos identificados durante as campanhas arqueológicas aponta para a existência de um santuário pré-histórico datável do Calcolítico, como parece indicar a interpretação tipológica e estilística dos seus elementos constituintes", indicam os responsáveis.