Pelo menos seis militares feridos após atropelamento nos subúrbios de Paris
Homem que conduzia o veículo que terá atingido os militares foi apanhado na auto-estrada em direcção a Calais.
A polícia francesa interceptou e deteve um condutor suspeito de ter atingido seis militares nos arredores de Paris, na manhã desta quarta-feira. O homem que conduzia um veículo BMW foi atingido por um disparo da polícia e ficou ferido, avança a imprensa francesa. A operação desenrolou-se na auto-estrada A16, em direcção a Calais, após o meio-dia.
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A polícia francesa interceptou e deteve um condutor suspeito de ter atingido seis militares nos arredores de Paris, na manhã desta quarta-feira. O homem que conduzia um veículo BMW foi atingido por um disparo da polícia e ficou ferido, avança a imprensa francesa. A operação desenrolou-se na auto-estrada A16, em direcção a Calais, após o meio-dia.
Segundo fontes próximas, o homem nasceu em 1980 e poderá ter sido o autor do atropelamento dos polícias, que ainda não se sabe se foi um acidente ou um ataque. O ferimento foi feito após vários disparos, já que o sujeito tentou escapar-se. O homem foi retirado do local.
O atropelamento e fuga aconteceu pelas 8h horas locais (7h em Lisboa) na cidade de Levallois-Perret, à saída do quartel militar. De acordo com as autoridades francesas, três dos feridos estão em estado grave, detalha a agência Reuters.
Para já, o caso está a ser tratado como um acidente. No entanto, para o presidente da Câmara da cidade, Patrick Balkany, esta foi "sem dúvida" uma "agressão deliberada", cita o jornal espanho El País. De acordo com o autarca, o carro foi estrategicamente "posicionado" na praça da cidade, não longe do edifício da Câmara Municipal, e o condutor terá esperado pela saída dos militares, por volta das 8h, para arrancar o carro e conduzir contra eles.
"O BMW acelerou muito depressa no momento em que eles saíram. Isto aconteceu no meio da cidade. Aconteceu tudo muito depressa", descreveu Balkany em declarações ao canal televisivo francês BFMTV.
A ministra francesa de Defesa, Florence Parly, também condenou o “acto covarde” , ressalvando que o ataque não atingiu a “determinação dos militares” na missão de protecção dos franceses. O comunicado da ministra é a primeira reacção oficial do Governo francês.
A operação de busca está a socorreu-se das imagens captadas pelas inúmeras câmaras de vigilância instaladas na cidade.
A Procuradoria de Paris já anunciou a abertura de um processo "por tentativa de assassinato", escreve a Reuters, citando fonte do Ministério da Justiça.
O grupo de militares atingidos pertence a uma unidade antiterrorismo criada em Novembro de 2015, quando uma série de ataques terroristas, reivindicados pelo Daesh, espalharam o terror pela capital francesa e provocaram 130 mortos. No total, para esta unidade antiterrorismo estão destacados cerca de dez mil militares.
Em Abril, um carro da políca foi atacado nos Campos Elísios. Um dos polícias atingido a tiro não resistiu aos ferimentos. O grupo islamista Daesh reivindicou o atentado.