SIRESP falha praticamente todos os anos

Ex-ministro Miguel Macedo disse ao Jornal de Notícias que ficou mais barato renegociar contrato do que aplicar penalização

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Daniel Rocha

O sistema de comunicações de emergência das forças de segurança SIRESP tem falhado praticamente todos os anos, escreve esta segunda-feira o Jornal de Notícias, que teve acesso aos relatórios de desempenho entre 2010 e 2017.

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O sistema de comunicações de emergência das forças de segurança SIRESP tem falhado praticamente todos os anos, escreve esta segunda-feira o Jornal de Notícias, que teve acesso aos relatórios de desempenho entre 2010 e 2017.

As sistemáticas falhas de operacionalidade estenderam-se, por exemplo, à cimeira da NATO e à visita do Papa Bento XVI a Portugal, em 2010. “Os documentos descrevem situações como cortes de energia, falhas em baterias, ausência de geradores de reserva, cabos ardidos ou destruídos durante tempestades, estações em modo local (fora da rede) e antenas móveis e fixas com pouca capacidade para dar conta das comunicações de emergência”, revela o JN, explicando que na tempestade Stephanie, que se abateu sobre vários distritos do país em Janeiro de 2014, 65 estações-base, correspondentes a 13% do total da rede SIRESP, deixaram de funcionar devido a cortes de energia.

Mas o Estado nunca exigiu o pagamento de penalidades à empresa que opera a rede. Ministro da Administração Interna entre 2011 e 2014, Miguel Macedo explica que optou pela renociação em detrimento de uma indemnização: “Podíamos aplicar as penalidades previstas no contrato ou renegociá-lo, baixando o preço e aumentando as obrigações do SIRESP. Optámos pela renegociação e conseguimos poupar 25 milhões de euros”.