Moçambique: Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama juntos pela primeira vez desde 2015

Reunião entre Presidente e líder da Renamo faz renascer esperança de que a paz regresse a todo o território de Moçambique.

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Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e Afonso Dhlakama, líder da Renamo, na Gorongosa GABINETE DE IMPRENSA DO PRESIDENTE DE MOÇAMBIQUE / LUSA

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder do principal partido da oposição, Afonso Dhlakama, encontraram-se pela primeira vez desde 2015 no domingo. Pode ser um passo para o fim das hostilidades, desde que o líder da Renamo foi para as montanhas da Gorongosa com 800 ex-guerrilheiros da Renamo, exigindo uma maior partilha do poder, após as eleições de 2014.

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O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder do principal partido da oposição, Afonso Dhlakama, encontraram-se pela primeira vez desde 2015 no domingo. Pode ser um passo para o fim das hostilidades, desde que o líder da Renamo foi para as montanhas da Gorongosa com 800 ex-guerrilheiros da Renamo, exigindo uma maior partilha do poder, após as eleições de 2014.

Foi nas montanhas da Gorongosa que Nyusi e Dhlakama conversaram. "Os dois líderes falaram e chegaram a acordo sobre os próximos passos do processo de paz, que esperam que seja completado até ao fim do ano", diz um comunicado da presidência. As próximas eleições estão previstas para 2019.

Confrontos na zona da Gorongosa entre guerrilheiros e militares – com a Renamo a atacar destacamentos militares e veículos civis, e tropas governamentais a atacar rebeldes em povoações – trouxeram de volta o espectro da guerra civil entre a Renamo e o partido do Governo, a Frelimo, que terminou há mais de duas décadas.

Não se conhece o número de vítimas com precisão, mas muitas pessoas morreram no ano passado nestes confrontos, que incluíram também homicídios de políticos.

A Renamo, que é agora um partido com representação parlamentar, reclama uma maior descentralização e uma melhor integração dos seus membros na polícia e no Exército.