BCE compra 517 milhões de dívida pública portuguesa em Julho

O BCE deu início ao programa alargado de compra de activos em Março de 2015. Desde então comprou 28.662 milhões de euros em dívida portuguesa.

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NFS - Nuno Ferreira Santos

O Banco Central Europeu (BCE) adquiriu 517 milhões de euros em títulos de dívida pública portuguesa em Julho, acima dos 498 milhões de Junho, o nível mais baixo desde que arrancou este programa de compra de activos.

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O Banco Central Europeu (BCE) adquiriu 517 milhões de euros em títulos de dívida pública portuguesa em Julho, acima dos 498 milhões de Junho, o nível mais baixo desde que arrancou este programa de compra de activos.

De acordo com os números hoje divulgados por Frankfurt, em Julho, o Eurosistema comprou 51.875 milhões de euros de dívida pública, sendo as maiores compras na Alemanha (12.169 milhões de euros), em França (10.054 milhões) e em Itália (9.623 milhões).

Quanto a Portugal, o montante aplicado por Frankfurt em dívida soberana portuguesa foi de 517 milhões de euros em Julho, acima dos 498 milhões de Junho e dos 504 milhões de Maio.

O BCE deu início ao programa alargado de compra de activos (o chamado “quantitative easing”), em Março de 2015, para estimular a economia, tendo desde então comprado 28.662 milhões de euros em dívida portuguesa.

O Conselho de Governadores do BCE decidiu manter, em Julho, a sua principal taxa de juro no mínimo histórico de 0%, mantendo ainda as compras de dívida pública e privada na zona euro em 60 mil milhões de euros mensais. Mostrou-se ainda disponível para alargar as aquisições "se as perspectivas passarem a ser menos favoráveis", nomeadamente de inflação.

Quanto à dívida portuguesa, as compras de activos têm diminuído face ao primeiro ano em vigor do programa, quando eram de cerca de mil milhões de euros por mês.

Em Abril, o vice-presidente do BCE, Vítor Constâncio, justificou no Parlamento Europeu a redução do montante de compras de activos com as aquisições de dívida pública já realizadas em 2010 e 2011, que “contam para o ‘stock’” total de compras e a necessidade de “recalibrar” as compras de modo ao volume máximo não ser excedido e poder haver compras de activos até ao fim do programa, previsto para final de 2017.