Ministério Público pede anulação da Constituinte de Maduro por suspeita de fraude

Tomada de posse agendada para esta sexta-feira. Procuradoria-geral da Venezuela pede anulação por suspeitas de fraude eleitoral.

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Luisa Ortega Díaz, procuradora-geral da Venezuela Reuters/MARCO BELLO

A procuradoria-geral da Venezuela entrou com um pedido nos tribunais para que seja impedida a tomada de posse da Assembleia Constituinte, criada e referendada nas eleições do último domingo, convocadas pelo Presidente Nicolás Maduro.

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A procuradoria-geral da Venezuela entrou com um pedido nos tribunais para que seja impedida a tomada de posse da Assembleia Constituinte, criada e referendada nas eleições do último domingo, convocadas pelo Presidente Nicolás Maduro.

O Ministério Público venezuelano anunciou a decisão através do Twitter, justificando-se com as suspeitas de fraude durante o sufrágio do domingo passado em que se decidiu a composição da assembleia que redigirá a nova Constituição.

A tomada de posse da Assembleia Constituinte está marcada para esta sexta-feira e deverá ser marcada por mais um dia de protestos organizados pela oposição a Maduro.

Esta quarta-feira  a procuradora-geral, Luisa Ortega Diaz, abriu um inquérito para investigar as acusações de fraude. Numa entrevista à CNN, a antiga apoiante de Hugo Chávez e actual opositora de Nicolás Maduro disse que o processo eleitoral de domingo foi "escandaloso" e sugeriu que "o número de eleitores provavelmente nem chega a metade do que foi anunciado".

No entanto, em Junho, o Supremo venezuelano indicou a porta da saída a Diaz, que se tornou na principal figura do Estado a contestar o Presidente da Venezuela.