Atraso nas obras faz com que Mude só reabra em 2018

Edifício da rua Augusta continuará encerrado até meados do próximo ano. Reabertura estava prevista já para Setembro.

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O edifício do MUDE na Rua Augusta, antiga sede do Banco Nacional Ultramarino, continua em obras Nuno Ferreira Santos

O Museu do Design e da Moda (Mude) só tem reabertura prevista para meados de 2018, com as obras no edifício da Baixa pombalina a sofrer “um atraso” que, segundo a sua directora não implica “nenhuma derrapagem financeira”. O museu municipal encerrou a 15 de Maio de 2016 e tinha reabertura prevista, já plenamente requalificado e dotado de loja, livraria e restaurante na cobertura, para Setembro.

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O Museu do Design e da Moda (Mude) só tem reabertura prevista para meados de 2018, com as obras no edifício da Baixa pombalina a sofrer “um atraso” que, segundo a sua directora não implica “nenhuma derrapagem financeira”. O museu municipal encerrou a 15 de Maio de 2016 e tinha reabertura prevista, já plenamente requalificado e dotado de loja, livraria e restaurante na cobertura, para Setembro.

A duração estimada das obras era de 420 dias, como a autarquia anunciou há mais de um ano, com os trabalhos orçamentados em 6,480 milhões de euros. Mas não só o edifício na Rua Augusta, antiga sede do Banco Nacional Ultramarino, continua em obras como a programação intercalar, o Mude Fora de Portas, indiciava já que a calendarização não seria cumprida. “Há um atraso na reabertura do Mude na Rua Augusta por força de atrasos nas obras que, sendo habituais”, explica Bárbara Coutinho, não permitem “ainda data prevista de reabertura, apontando para meados do próximo ano” esse regresso à casa que ocupa há oito anos. 

Desde a sua inauguração que o Mude era visto como um espaço "work in progress", descarnado e adaptado pela intervenção dos arquitectos Ricardo Carvalho e Joana Vilhena sobre o edifício de Cristino da Silva, até ter sido aprovada a requalificação. O seu projecto pertence aos serviços da câmara e é coordenado pelo arquitecto Luís Miguel Saraiva, prevendo a integração das reservas, actualmente fora da Baixa, no edifício, bem como um centro de documentação. A reabertura será também o momento em que o Mude deixará de ter entradas gratuitas, não estando ainda fixado o futuro custo de ingresso.

A reabertura em 2018 contará “com todas as valências”, diz a responsável, e obrigou a um reajuste do calendário” que não afectou os planos do teor da programação de reabertura — retrospectivas sobre Conceição Silva, Fernando Seixas e Carlos Rocha. Entretanto, o Mude Fora de Portas findará assim já em Maio de 2018 com a exposição sobre design brasileiro Tanto Mar. Fluxos transatlânticos pelo design, a inaugurar a 27 de Janeiro no Palácio Calheta, em Lisboa. Em Setembro, a programação com ligação ao Brasil enceta-se com Como se Pronuncia Design em Português: Brasil hoje, comissariada por Frederico Duarte.