Armazenamento de água em Julho desceu em todas as bacias hidrográficas

A 26 de Julho, o Governo reconheceu a existência de uma situação de seca severa no território continental.

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Segundo o IPMA, 78% do território estava em seca severa e extrema a meio de Julho Rui Gaudêncio

A quantidade de água armazenada em Julho desceu em todas as bacias hidrográficas de Portugal continental, comparativamente ao mês anterior, segundo o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH). No último dia de Julho, comparativamente a igual período do mês anterior, das 60 albufeiras monitorizadas verificou-se uma descida em todas as bacias, de acordo com o boletim de armazenamento de albufeiras do SNIRH, divulgado esta terça-feira.

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A quantidade de água armazenada em Julho desceu em todas as bacias hidrográficas de Portugal continental, comparativamente ao mês anterior, segundo o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH). No último dia de Julho, comparativamente a igual período do mês anterior, das 60 albufeiras monitorizadas verificou-se uma descida em todas as bacias, de acordo com o boletim de armazenamento de albufeiras do SNIRH, divulgado esta terça-feira.

Das 60 albufeiras monitorizadas, 11 apresentavam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 18 têm disponibilidades inferiores a 40%.

Os níveis mais elevados de armazenamento de água em Julho de 2017 ocorreram nas bacias do Ave (86,1%), Guadiana (72%), Cávado (68,4%), Lima (67%), Tejo (67,1%), Mondego (66,4%), Barlavento e Douro (66,3%), Mira (60,1%), Arade (52,6%), Oeste 851,4%) e Sado (23,4%).

O SNIRH indica que os armazenamentos de Julho de 2017, por bacia hidrográfica, apresentaram-se inferiores às médias dos valores do mesmo mês nos períodos referência de 1990/91 a 2015/16, excepto para as bacias do Cávado/Ribeiras Costeiras, Ave e Arade. A cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira, segundo o SNIRH.

A 26 de Julho, o Governo reconheceu a existência de uma situação de seca severa no território continental, desde 30 de Junho, que consubstancia um fenómeno climático adverso, com repercussões negativas na actividade agrícola.

No preâmbulo do despacho publicado em Diário da República, o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, recorda que o ano hidrológico 2016/2017 se tem caracterizado, em termos gerais, por “um défice de precipitação, valores das temperaturas média e máxima muito acima do normal”, em particular desde o início da Primavera, com ondas de calor durante dias consecutivos, baixo teor de água no solo e disponibilidades hídricas abaixo das médias de armazenamento.

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a situação de seca extrema agravou-se no interior do Alentejo na primeira quinzena de Julho, mas a seca severa melhorou ligeiramente, sobretudo na região Norte de Portugal continental.

Segundo fonte do IPMA, 78% do território estava no fim da primeira quinzena de Julho em seca severa e extrema, um valor um pouco mais baixo do que o registado no final de Junho (80%).

No final de Junho, quase 80% de Portugal continental estava em situação de seca severa e extrema, de acordo com o boletim climatológico do IPMA, que caracterizou aquele mês como “extremamente quente e muito seco”.