Incêndios: Governo investe 7,7 milhões no socorro e protecção dos recursos hídricos
Ministério do Ambiente canaliza 3,5 milhões para a compra de equipamentos para protecção dos bombeiros e veículos de combate aos fogos.
Um montante de 7,7 milhões de euros vai ser investido em meios de socorro e na protecção dos recursos hídricos afectados pelos incêndios que assolaram a região Centro em Junho, anunciou esta segunda-feira o Governo.
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Um montante de 7,7 milhões de euros vai ser investido em meios de socorro e na protecção dos recursos hídricos afectados pelos incêndios que assolaram a região Centro em Junho, anunciou esta segunda-feira o Governo.
O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, preside esta segunda-feira, às 16h, em Figueiró dos Vinhos, distrito de Leiria, à assinatura de um protocolo com autarquias da zona para um investimento de 4,2 milhões de euros, do Fundo Ambiental, na "concretização de medidas que minimizem os efeitos dos incêndios de 17 de Junho, em especial o risco de obstrução de linhas de água, os riscos de inundação e a afectação de captações de água superficial e de áreas de uso balnear".
Em comunicado, o Ministério do Ambiente informa que o documento contempla ainda 3,5 milhões de euros que o Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR) "disponibilizará para a aquisição de equipamentos de protecção individual e de veículos operacionais de socorro" para combate a incêndios florestais.
O protocolo sobre as "medidas emergentes nas áreas de intervenção prioritárias de protecção dos recursos hídricos afectados pelos incêndios de 17 a 24 de Junho de 2017" vai ser assinado por Carlos Martins, em representação do Governo, e pelos presidentes dos municípios de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela e Sertã.
"O documento define um conjunto de intervenções urgentes que vão permitir, não só a protecção das linhas de água, fortemente danificadas pelos incêndios, mas também a salvaguarda de pessoas e bens", refere a nota, adiantando que outro dos objectivos é "minimizar os efeitos de erosão e arrastamento dos solos", bem como de cheias e inundações.
Para a elaboração do protocolo, contribuíram a Agência Portuguesa do Ambiente e técnicos designados pelos municípios afectados por aqueles incêndios, que causaram pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos.
"A fim de recuperar as capacidades operacionais, viabilizando as condições de resposta no que respeita ao combate aos incêndios florestais, e repor as condições de protecção civil e de prevenção e gestão de riscos", o PO SEUR lança esta segunda-feira "um convite no valor de 3,5 milhões de euros", em cumprimento da resolução do Conselho de Ministros de 12 de Julho, que fixa as "medidas de resposta de emergência".
Este aviso é dirigido à Autoridade Nacional de Protecção Civil, GNR e associações humanitárias de Bombeiros Voluntários dos sete concelhos afectados pelo "grande incêndio florestal" que eclodiu no dia 17 de Junho, em Pedrógão Grande, propagando-se a seis municípios vizinhos, nos distritos de Leiria, Coimbra e Castelo Branco.
O período para a formalização das candidaturas decorrerá até 28 de Setembro.