PCP pergunta ao Governo como vai reverter os aumentos de comissões da CGD

Comunistas avisam que esta penalização a reformados e pensionistas "contraria os avanços alcançados no último ano e meio com os aumentos de reformas e pensões".

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Margarida Basto

O PCP questionou o Governo sobre a intenção da Caixa Geral de Depósitos reverter algumas isenções de comissões obrigando clientes com contas à ordem de menor saldo, e sobretudo reformados, a passarem a ter custos anuais de manutenção, e quer saber "que medidas irá tomar" para anular o aumento destas taxas.

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O PCP questionou o Governo sobre a intenção da Caixa Geral de Depósitos reverter algumas isenções de comissões obrigando clientes com contas à ordem de menor saldo, e sobretudo reformados, a passarem a ter custos anuais de manutenção, e quer saber "que medidas irá tomar" para anular o aumento destas taxas.

Numa pergunta dirigida ao ministro das Finanças, os comunistas querem também saber como o Executivo "avalia a decisão" da administração de proceder a alterações ao preçário de comissões e despesas". E deixam uma provocação em forma de pergunta: "Em particular, como avalia o Governo o esbulho dirigido a reformados e pensionistas com mais de 65 anos, contrariando os avanços alcançados no último ano e meio com os aumentos de reformas e pensões?"

No texto introdutório, os deputados do PCP lembram que as comissões bancárias correspondem a uma "parcela cada vez maior do produto bancário e dos lucros da banca" e obrigam os clientes a pagar serviços bancários "para os quais não têm alternativa". "Trata-se de uma prática profundamente abusiva e cartelizada por parte da banca sem qualquer intervenção que a contrarie por parte dos poderes públicos, seja do Governo, seja do Banco de Portugal", condenam os comunistas.

"O aumento de receitas da CGD por via do aumento das comissões bancárias, do encerramento de balcões e da redução do número de trabalhadores – exigido pela União Europeia no âmbito do processo de recapitalização – é mais um passo que visa impor ao banco público critérios de gestão em linha com a banca privada e que, em última análise, favorecem sempre os grupos
monopolistas que controlam o sector financeiro no nosso país", criticam os comunistas.