Informações adicionais sobre Pedrógão devem ser comunicadas “imediatamente”, diz Costa

Número de vítimas mortais tem sido posto em causa nos últimos dias. Ministra da Administração Interna assegura que "não existe uma lista secreta".

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Miguel A. Lopes

António Costa apelou esta segunda-feira a que quem tenha conhecimento de um maior número de vítimas no incêndio de Pedrógão Grande, em Junho, o comunique de imediato à Polícia Judiciária e ao Ministério Público. As recentes declarações do primeiro-ministro português em relação à alegada divergência de números de vítimas da tragédia de Pedrógão surgem dois dias depois de ter garantido que estava “tudo esclarecido” e ter reafirmado o balanço feito ainda enquanto decorria o combate às chamas.

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António Costa apelou esta segunda-feira a que quem tenha conhecimento de um maior número de vítimas no incêndio de Pedrógão Grande, em Junho, o comunique de imediato à Polícia Judiciária e ao Ministério Público. As recentes declarações do primeiro-ministro português em relação à alegada divergência de números de vítimas da tragédia de Pedrógão surgem dois dias depois de ter garantido que estava “tudo esclarecido” e ter reafirmado o balanço feito ainda enquanto decorria o combate às chamas.

"Creio que isso já está tudo esclarecido pela Autoridade Nacional de Protecção Civil e pelo Ministério da Justiça", afirmou no sábado.

Já esta segunda-feira, Costa sublinhou que "não é o Governo que constrói a estatística", indicando que são as "autoridades técnicas" a fornecer os números.

"Se alguém tem conhecimento de um maior número de vítimas deve, obviamente, comunicar imediatamente esse facto à Polícia Judiciária e ao Ministério Público", pediu o primeiro-ministro. "A dimensão desta estratégia não era menor se tivesse sido metade o número de pessoas que faleceram", disse.

Também a ministra da Administração Interna garante que "não existe uma lista secreta" das vítimas mortais do incêndio de Pedrogão Grande, sublinhando que os nomes, apesar de não serem secretos, constam de um processo judicial que está em segredo de justiça. "Não existe nenhuma lista secreta. Todas as pessoas foram identificadas pelo Instituto de Medicina Legal" como tendo morrido "na consequência directa desse incêndio", afirmou Constança Urbano de Sousa.

Esta segunda-feira o jornal i cita uma mulher que esteve no terreno a elaborar uma lista de vítimas mortais para construir um memorial e que terá recolhido um número de mortes superior às 64 listadas pelo Governo.