Schäuble elogia "grande sucesso" de Portugal
Ministro alemão das finanças elogia o "progresso impressionante" das contas públicas, em entrevista ao Expresso
O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, não perde muito tempo a pensar no facto de a receita do governo PS, apoiado no Parlamento por BE e PCP, não seja exactamente aquela que a troika defendia para Portugal. “O que conta são os resultados”, frisa Schäuble. E os resultados de Portugal são “impressionantes”, considera o número dois do governo alemão de Angela Merkel.
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O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, não perde muito tempo a pensar no facto de a receita do governo PS, apoiado no Parlamento por BE e PCP, não seja exactamente aquela que a troika defendia para Portugal. “O que conta são os resultados”, frisa Schäuble. E os resultados de Portugal são “impressionantes”, considera o número dois do governo alemão de Angela Merkel.
Numa entrevista ao jornal Expresso, neste sábado, Schäuble diz que “Portugal fez progressos impressionantes”. “Tomou uma série de medidas para diminuir a despesa pública e melhorar as condições do seu quadro económico”, assinala, numa entrevista que foi feita por escrito e que o ministro alemão, segundo descreve a autora do artigo, aceitou dar desde que fosse "curta" e deixando de fora o leque de questões (o jornal fez 30 mas teve de reduzir para 12) temas como as eleições alemãs de Setembro, a relação de Schäuble com Merkel, as relações tensas com a Turquia ou o tema da imigração.
“Reduziu-se o défice orçamental, a economia voltou a crescer, mais pessoas encontram trabalho. Isso é um grande sucesso de que os portugueses se podem orgulhar”, comenta Schäuble, sobre Portugal.
Mérito dos governos portugueses que estiveram ou estão no poder deste o programa de assistência financeira externa a Portugal? Sim, mas não só: “Esse sucesso demonstra igualmente que a política de estabilização europeia funciona – conclui Schäuble – os estados que aplicaram e concluíram programas de assistência têm um crescimento acima da média.”
E termina esta reflexão: “Agora é importante que Portugal mantenha esse rumo.”