Dos nomes "difíceis" aos erros históricos: as gaffes de Sean Spicer
O porta-voz da Casa Branca apresentou a demissão nesta sexta-feira, por “discordar veementemente” da escolha de Anthony Scaramucci para director de comunicações.
Desde o momento em que assumiu funções como porta-voz da Administração Trump, Sean Spicer, que esta sexta-feira apresentou a sua demissão, tornou-se rapidamente um dos alvos favoritos de humoristas pelo seu temperamento e relação com os jornalistas nas suas conferências de imprensa. Do tamanho da multidão que assistiu à tomada de posse a tweets indecifráveis e briefings igualmente confusos, passando por afirmações que questionavam o uso de armas químicas por Hitler, Spicer teve uma passagem pouco discreta pela sala de imprensa da Casa Branca.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Desde o momento em que assumiu funções como porta-voz da Administração Trump, Sean Spicer, que esta sexta-feira apresentou a sua demissão, tornou-se rapidamente um dos alvos favoritos de humoristas pelo seu temperamento e relação com os jornalistas nas suas conferências de imprensa. Do tamanho da multidão que assistiu à tomada de posse a tweets indecifráveis e briefings igualmente confusos, passando por afirmações que questionavam o uso de armas químicas por Hitler, Spicer teve uma passagem pouco discreta pela sala de imprensa da Casa Branca.
Uma das suas mais famosas caricaturas era interpretada pela actriz Melissa McCarthy, no programa Saturday Night Live, que satirizou alguns dos seus momentos mais marcantes na Casa Branca.
Horas depois de a notícia ter sido avançada pelos jornais norte-americanos, o Daily Show partilhou um “memorial” ao agora porta-voz demissionário, com direito melancólica música de fundo.
As declarações polémicas de Spicer recuam à tomada de posse de Donald Trump, que Spicer garantiu que era “a maior da história” e “ponto final!”, acusando a imprensa de ter gravado ou fotografado a multidão presente de “ângulos estratégicos” para que parecessem menos. As imagens, do mesmo ângulo, mostram que a quantidade de pessoas que assistiu a tomada de posse de Barack Obama em 2009 é substancialmente maior.
Uma das afirmações que mais reacções negativas suscitou aconteceu em Abril, quando, falando sobre o ataque químico na Síria, Spicer afirmou que nem "alguém tão desprezível como Hitler utilizou armas químicas" nem "atacou o seu próprio povo" com gás. A polémica estalou instantaneamente e multiplicaram-se pedidos de demissão.
Para além das suas declarações, fica para a História também o que ficou por dizer — e o que foi dito e não devia. Um tweet acidental de Spicer com uma sequência de números e letras, semelhante a uma password, pôs os norte-americanos a questionarem a segurança das informações controladas pelo porta-voz.
Para a posterioridade ficam também os seus episódios com o guarda-roupa: desde o pin com a bandeira norte-americana ao contrário — associado a um gesto de protesto —, à escolha de uma gravata verde, que a internet rapidamente tratou de “animar”. O seu hábito pouco saudável de engolir pastilhas durante os seus briefings diários também não será esquecido.
Recentemente, o porta-voz estava mais afastado das câmaras e, ainda em Maio, o Saturday Night Live chegou mesmo a questionar se Trump estaria a preparar-se para substituir Sean Spicer por Sarah Huckabee Sanders. Aparentemente, a decisão de abandonar o cargo veio mesmo de Spicer .