Costa exige SIRESP a funcionar em “todas as circunstâncias”, principalmente nas emergências
A administração da PT foi avisada, pelo primeiro-ministro, de que tem de encontrar alternativas para que as comunicações não falhem quando são mais necessárias
O primeiro-ministro voltou nesta segunda-feira a recordar que “há lições muito claras” a retirar do que se passou com o incêndio de Pedrogão Grande que ainda não foram assimiladas. “Temos de ter uma rede que funcione em todas as circunstâncias – é inadmissível que não funcione, em particular as redes de comunicações de emergência”, enfatizou. O Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança (SIRESP) voltou a falhar no fogo que continua a arder, desde domingo em Alijó, distrito de Vila Real.
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O primeiro-ministro voltou nesta segunda-feira a recordar que “há lições muito claras” a retirar do que se passou com o incêndio de Pedrogão Grande que ainda não foram assimiladas. “Temos de ter uma rede que funcione em todas as circunstâncias – é inadmissível que não funcione, em particular as redes de comunicações de emergência”, enfatizou. O Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança (SIRESP) voltou a falhar no fogo que continua a arder, desde domingo em Alijó, distrito de Vila Real.
Sobre o reiterado pedido de demissão da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, por parte do CDS, Costa reagiu: "A oposição dedica-se ao que não tem relevância, que é pedir demissões, em vez de nos concentrarmos naquilo que é essencial – determinação para resolver problemas”. O SIRESP, recordou, é um sistema que funciona há 11 anos. Os relatórios de 2014 sobre este sistema, na altura em que a líder do CDS, Assunção Cristas, era ministra, disse, “já apontavam deficiências e quem está corrigir essas deficiências é o actual governo”.
Ainda sobre o SIRESP, o chefe do Governo disse que transmitiu à administração da PT, na semana passada, que os cabos por onde circulam todas as comunicações de emergência não devem ser cabos aéreos, mas antes "cabos que aproveitem as calhas técnicas das estradas nacionais". A alternativa, adiantou, passa por utilizar“satélites, redes hertzianas. "Temos que ter uma rede que funcione em todas as circunstâncias”, sublinhou.
António Costa falava aos jornalistas à margem da inauguração do novo terminal do aeroporto de Faro – um investimento de 32,8 milhões de euros destinado a criar as condições para responder ao aumento dos fluxos turísticos. No final da cerimónia, o ministro do Planeamento e Infraestruturas , Pedro Marques, deslocou-se, para Pedrógão Grande para fazer o ponto da situação das medidas que estão a ser tomadas para recuperar as casas ardidas e bens perdidos. “Já temos, felizmente, restabelecidas as ligações ferroviárias, redes eléctricas e cinco casas estão em construção”, disse António Costa, adiantando que estará na próxima quarta-feira na reunião com os presidentes de câmara, marcada para a Sertã. O encontro, destacou, destina-se a arrancar com “um programa-piloto na área da revitalização do interior e do reordenamento da floresta”.