O projecto de 137 milhões que a ERSE chumbou

A REN justifica gasoduto com necessidade de reduzir “a vulnerabilidade do abastecimento nacional face a eventuais falhas de importação”.

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Martin Henrik

A última vez que o regulador da energia, a ERSE, se pronunciou sobre os investimentos propostos pela REN para a rede de transporte de gás natural foi em 2016, e foi para lhes dar parecer negativo, em particular no que diz respeito à nova interligação a Espanha, pela “materialidade dos impactes tarifários” que representa. Ou seja, pelo impacto que teria na factura das família e das empresas portuguesas, que estão entre quem paga o gás mais caro na Europa. O parecer foi enviado ao Governo, que tem a última palavra, mas até à data não houve desenvolvimentos formais.

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A última vez que o regulador da energia, a ERSE, se pronunciou sobre os investimentos propostos pela REN para a rede de transporte de gás natural foi em 2016, e foi para lhes dar parecer negativo, em particular no que diz respeito à nova interligação a Espanha, pela “materialidade dos impactes tarifários” que representa. Ou seja, pelo impacto que teria na factura das família e das empresas portuguesas, que estão entre quem paga o gás mais caro na Europa. O parecer foi enviado ao Governo, que tem a última palavra, mas até à data não houve desenvolvimentos formais.

A construção do gasoduto de 162 quilómetros até Zamora está estimada em 137 milhões de euros. É uma obra que a REN tem defendido como vindo “potenciar a diversificação das origens de aprovisionamento”, reduzindo “a vulnerabilidade do abastecimento nacional face a eventuais falhas de importação”, e estando alinhada “com a estratégia europeia de garantia do acesso aos mercados para aprovisionamentos de todos os tipos”. Mas a ERSE entendeu que cenários de procura de gás que ainda são conservadores e as incógnitas sobre a comparticipação europeia nos investimentos e sobre o nível de coordenação com Espanha e França nas auto-estradas da energia aconselhavam “prudência”.