Roger Federer é único
O suíço cometeu a proeza inédita de triunfar pela oitava vez em Wimbledon.
Em 140 anos de história, o torneio de Wimbledon nunca tinha visto nenhum homem triunfar por oito vezes… até este domingo. Roger Federer venceu pela oitava vez a final do torneio britânico, ultrapassando Pete Sampras e William Renshaw, com quem partilhava o recorde anterior. “Quando venci Pete aqui, em 2001, não imaginei nada disto. Nem conseguia imaginar que alguém chegasse aos oito”, admitiu Federer. A 23 dias de completar 36 anos, o suíço tornou-se no mais velho campeão de Wimbledon na Era Open (desde 1968) e repetiu a proeza de Bjorn Borg, em 1976, de vencer a prova sem perder um set, após derrotar Marin Cilic na final, por 6-3, 6-1 e 6-4 – o menor número de jogos cedidos por Federer numa final do Grand Slam desde a vitória em Roland Garros, diante de Robin Soderling, em 2009. E elevou para 19 o número total de títulos conquistados no Grand Slam.
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Em 140 anos de história, o torneio de Wimbledon nunca tinha visto nenhum homem triunfar por oito vezes… até este domingo. Roger Federer venceu pela oitava vez a final do torneio britânico, ultrapassando Pete Sampras e William Renshaw, com quem partilhava o recorde anterior. “Quando venci Pete aqui, em 2001, não imaginei nada disto. Nem conseguia imaginar que alguém chegasse aos oito”, admitiu Federer. A 23 dias de completar 36 anos, o suíço tornou-se no mais velho campeão de Wimbledon na Era Open (desde 1968) e repetiu a proeza de Bjorn Borg, em 1976, de vencer a prova sem perder um set, após derrotar Marin Cilic na final, por 6-3, 6-1 e 6-4 – o menor número de jogos cedidos por Federer numa final do Grand Slam desde a vitória em Roland Garros, diante de Robin Soderling, em 2009. E elevou para 19 o número total de títulos conquistados no Grand Slam.
A vitória de Federer começou a desenhar-se cedo, embora tenha sido Cilic o primeiro a dispor de um break-point, no quarto jogo. Mas, logo de seguida, Federer explorou a falta de primeiros serviços do croata (49% no set inicial) e assinou o primeiro break. Cilic, com 10 erros não forçados, começou a ficar sem soluções e, a 0-3 do segundo set, pediu assistência médica, mas o fisioterapeuta e o médico foram apenas testemunhas de perto de um ataque de choro do croata, um grande sinal de frustração por não poder competir como desejava. Temeu-se a desistência, mas Cilic regressou ao court.
Federer não se distraiu e, em 20 minutos, concluiu o segundo set, no qual o croata ganhou somente 12 pontos. Depois, Cilic voltou a receber assistência, desta vez para reforçar uma ligadura no pé esquerdo. “Infelizmente, tinha uma bolha e sabia que não podia jogar o meu melhor ténis e, nesta fase da minha carreira e num encontro destes, foi duro. Foi difícil focar-me no jogo, pois a minha mente estava bloqueada com a dor”, explicaria Cilic mais tarde.
Recuperado física e animicamente, Cilic reencontrou o primeiro serviço no terceiro set e não enfrentou nenhum break-point até ao 3-3, altura em que dois erros não forçados deram novo break a Federer. O suíço retomou o controlo do encontro até fechar, com o seu oitavo ás. Quando se sentou na cadeira e olhou para os seus quatro filhos, prontos para testemunharem a entrega do oitavo troféu de Wimbledon, Federer não conseguiu esconder a emoção. “É um momento maravilhoso para a nossa família. Este é para nós”, afirmou Federer, 14 anos e 10 dias depois do primeiro título do Grand Slam, conquistado em Wimbledon.
Campeão na Austrália, em Janeiro, Federer não ganhava dois Grand Slams no mesmo ano desde 2009 – a última época em que terminou como número um do ranking.