Líder do PNR acusa Ministério Público de "enxovalhar" a polícia
José Pinto Coelho disse, durante uma acção de protesto, que as acusações feitas pelo Ministério Público no caso Cova da Moura dão a entender “que os delinquentes são anjinhos e os polícias são maus”.
O líder do Partido Nacional Renovador (PNR) afirmou neste sábado que o regime político persegue as forças da autoridade e acusou o Ministério Público de estar a “enxovalhar” a polícia.
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O líder do Partido Nacional Renovador (PNR) afirmou neste sábado que o regime político persegue as forças da autoridade e acusou o Ministério Público de estar a “enxovalhar” a polícia.
José Pinto Coelho falava à Lusa durante uma acção de protesto, que decorreu em frente à esquadra de Alfragide, na Amadora, onde entregaram uma carta de “apoio e solidariedade para com os agentes da PSP, injustamente perseguidos”.
“Nós estamos a viver um momento em que o próprio regime persegue de um modo infame e cobarde as próprias forças da autoridade. A polícia, que é um dos pilares da soberania nacional, está a ser enxovalhada pelo Ministério Público, que se está a comportar como uma autêntica polícia política do regime”, afirmou José Pinto Coelho.
O dirigente nacionalista acrescentou que o Ministério Público, “a par de outras organizações como o SOS Racismo”, está “a querer fazer crer aos portugueses, aos mais incautos, que os delinquentes são anjinhos e os polícias são maus”.
“Os polícias estão a zelar pela nossa segurança” e “o país está virado ao contrário e parece que os valores estão invertidos”, afirmou. O dirigente partidário disse que “a insegurança está cada vez mais patente” e Portugal não é um país seguro, “se comparado com há 30 anos”.
O protesto reuniu cerca de 50 militantes e simpatizantes do PNR em frente à esquadra da PSP, em Alfragide, depois de o Ministério Público ter considerado que 18 polícias desta esquadra agiram com ódio racial, de forma desumana, cruel e tiveram prazer em causar sofrimento no caso que envolveu jovens da Cova da Moura, também na Amadora, em 2015.
Segundo a acusação, a que Lusa teve acesso, o Ministério Público defende que os 18 elementos da PSP sabiam que a sua conduta era censurável, proibida e punida por lei e agiram de forma livre, voluntária e consciente contra os seis jovens.
Os 18 elementos da PSP estão acusados por denúncia caluniosa, injúria, ofensa à integridade física e falsidade de testemunho, num caso que remonta a 5 de Fevereiro de 2015 e que envolveu agressões a jovens da Cova da Moura na esquadra de Alfragide, concelho da Amadora.
Estes polícias da Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial da Amadora estão igualmente acusados de outros tratamentos cruéis e degradantes ou desumanos e sequestro agravado e falsificação de documento.