Federer perto do objectivo de voltar a ganhar em Wimbledon
Roger Federer discutirá pela 11.ª vez a final do torneio britânico.
Após os quartos-de-final, Roger Federer revelou não saber se está a jogar melhor do que nunca, mas admitiu que o seu plano sempre foi voltar ao nível exibido anteriormente. Foi por isso que, em Julho passado, encerrou a época para recuperar da lesão no joelho esquerdo e, neste ano, abdicou de jogar em terra batida para estar fisicamente a 100% e mentalmente fresco para o torneio de Wimbledon. A estratégia deu resultado e, aos 35 anos, o suíço vai disputar a final de Wimbledon pela 11.ª vez; desta vez sem ceder um set, o que não acontecia desde 2008. Para concretizar o objectivo de somar o 19.º título do Grand Slam e oitavo em Wimbledon falta vencer o derradeiro encontro, diante de Marin Cilic.
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Após os quartos-de-final, Roger Federer revelou não saber se está a jogar melhor do que nunca, mas admitiu que o seu plano sempre foi voltar ao nível exibido anteriormente. Foi por isso que, em Julho passado, encerrou a época para recuperar da lesão no joelho esquerdo e, neste ano, abdicou de jogar em terra batida para estar fisicamente a 100% e mentalmente fresco para o torneio de Wimbledon. A estratégia deu resultado e, aos 35 anos, o suíço vai disputar a final de Wimbledon pela 11.ª vez; desta vez sem ceder um set, o que não acontecia desde 2008. Para concretizar o objectivo de somar o 19.º título do Grand Slam e oitavo em Wimbledon falta vencer o derradeiro encontro, diante de Marin Cilic.
“Dar descanso ao corpo é uma boa coisa e estou feliz por ver que compensou, porque, durante um segundo, houve dúvidas se seria capaz de voltar a jogar no court central de Wimbledon. Mas aconteceu e, esta semana, aconteceu muitas vezes”, afirmou Federer, depois de derrotar Tomas Berdych (11.º ATP), por 7-6 (7/4), 7-6 (7/4) e 6-4.
O suíço é o segundo mais velho a chegar à final na Era Open — Ken Rosewall perdeu a final de 1974, com 39 anos. “Quando o defrontamos, nada indica a sua idade. Mais uma vez, está a provar a sua grandeza”, elogiou Berdych, que teve o mérito de manter-se perto do adversário no marcador e esperar por uma oportunidade. O único break do checo permitiu-lhe recuperar, no set inicial, de 2-4 para 4-4, mas nos momentos cruciais Federer foi mais forte. “Se os deuses do ténis me vierem perguntar qual o ponto fraco de Roger? Isso seria o Roger a vir perguntar-me”, respondeu Berdych.
Na sua 29.ª final do Grand Slam, Federer vai procurar somar mais um aos sete títulos conquistados em Wimbledon entre 2003 e 2012, tendo pela frente Marin Cilic (6.º), com quem só perdeu um dos sete duelos, no Open dos EUA de 2014.
Cilic conseguiu chegar à final na sua 11.ª participação no torneio de Wimbledon — batendo o recorde de Pat Rafter, finalista em 2000, na oitava tentativa. Esta é a segunda final do Grand Slam do croata, após triunfar no Open dos EUA de 2014. Nas meias-finais, Cilic foi mais consistente que Sam Querrey (24.º), acabando por impor-se em três horas: 6-7 (6/8), 6-4, 7-6 (7/3) e 7-5.
O croata pode queixar-se da paragem causada por um espectador que se sentiu mal, quando serviu no tie-break do set inicial a 6/6, depois de ter liderado por 4/1. No seguimento, Cilic perdeu os dois pontos seguintes. No segundo set, o croata foi o único a dispor de break-points, esteve nitidamente melhor no tie-break da terceira partida e recuperou de 2-4 no derradeiro set. “Estou orgulhoso da minha força mental”, assinalou Cilic.
O último croata a disputar final de Wimbledon, ganhou-a: foi Goran Ivanisevic, em 2001.