Tudo preparado para o arranque com Red Hot Chili Peppers
O Super Bock Super Rock arranca esta quinta-feira com dia esgotado. É o do regresso dos autores de Give it away e aquele em que Legendary Tigerman revelará Misfit. Future e Deftones são os cabeças de cartaz dos dias seguintes.
Os passes de três dias estão esgotados, como estão também os bilhetes diários para a abertura, esta quinta-feira. O Parque das Nações, casa do Super Bock Super Rock desde 2015, está preparado para receber os 20 mil espectadores diários. Está prestes a receber o público a Meo Arena, palco principal por onde passarão os Red Hot Chili Peppers, a grande atracção no dia de abertura, onde se ouvirão as rimas de Future, o rapper de Atlanta que é cabeça-de-cartaz na sexta-feira, e as canções dos Deftones, a banda que deu bom nome ao nu-metal e que surge como destaque no dia de despedida, sábado.
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Os passes de três dias estão esgotados, como estão também os bilhetes diários para a abertura, esta quinta-feira. O Parque das Nações, casa do Super Bock Super Rock desde 2015, está preparado para receber os 20 mil espectadores diários. Está prestes a receber o público a Meo Arena, palco principal por onde passarão os Red Hot Chili Peppers, a grande atracção no dia de abertura, onde se ouvirão as rimas de Future, o rapper de Atlanta que é cabeça-de-cartaz na sexta-feira, e as canções dos Deftones, a banda que deu bom nome ao nu-metal e que surge como destaque no dia de despedida, sábado.
Está montado o palco da pala do Pavilhão de Portugal onde o festival arrancará musicalmente, às 17h30, com Alexander Search, a banda que tem no centro Salvador Sobral e o pianista Júlio Resende e que trabalha sobre a obra poética em inglês de Fernando Pessoa (Alexander Search é o seu heterónimo, criado durante os anos que o poeta passou, na adolescência, na África do Sul). Estabilizado na sua nova localização, o Super Bock Super Rock divide-se como habitualmente por quatro palcos. Aos dois já referidos juntam-se um junto às escadarias da Meo Arena e outro na Sala Tejo do pavilhão, espaço para fazer a festa noite fora. No palco exterior, dedicado à música nacional que fervilha no presente, poderemos ver, esta quinta-feira, Minta & The Brook Trout (19h20), Manuel Fúria & Os Náufragos (20h50) e Throes + The Shine (22h20). Na sala Tejo, a madrugada será animada por Xinobi + Moulinex e Tuxedo.
Sexta-feira, o hip-hop e seus derivados e descendentes estarão em destaque, com The Future como cabeça de cartaz e com a presença de Pusha T, dos celebrados The Clipse (17h), de Slow J, um dos nomes mais badalados do hip-hop nacional e autor este ano do celebrado The Art Of Slowing Down (19h40), ou da rapper Akua Naru, nascida em New Haven e sedeada em Colónia, voz de um hip-hop afrocêntrico e de vincado cariz interventivo (21h15). No dia em que também ouviremos os The Gift apresentarem no festival Altar, o álbum que gravaram com Brian Eno (20h40), ou os London Grammar, trio britânico autor de música etérea e grandiloquente, familiar de uns Florence + The Machine (22h20), haverá mais rimas e batidas com os Língua Franca, o supergrupo que reúne Capicua, Valete, Emicida e Rael (22h45). No palco dedicado à música nacional, ouviremos, a partir das 18h50, os concertos de Keso, Octa Push e NBC.
Rock com enxertos funk
No dia de arranque, as atenções estarão concentradas nos Red Hot Chili Peppers, a banda de Anthony Kiedis e Flea cujo rock em que se enxertam genes funk parece atravessar incólume em popularidade a passagem dos anos. Nasceram na década de 1980, reservaram lugar na história na seguinte, com Blood Sugar Sex Magik, e prepararam entrada no novo século com Californication, álbum de 1999 que serviu para os apresentar a uma nova geração. Para o regresso a Portugal, nove anos depois de um concerto no Rock In Rio, a banda actualmente formada por Kiedis, Flea, Chad Smith, três históricos, e Josh Klinghoffer, guitarrista dos Peppers desde 2007, traz o álbum mais recente, The Getaway, editado em 2016. Esse será o mote do concerto com início marcado para as 24h, mas obviamente que não faltarão clássicos como Give it away e Scar tissue e é provável que em algum momento homenageiem os seus heróis – na digressão americana e canadiana recente, tocaram, por exemplo, Fire, de Jimi Hendrix, ou Higher ground, de Stevie Wonder.
No dia de arranque, aquele em que os Capitão Fausto tomarão de assalto o palco principal (tocam às 22h20), haverá espaço, a partir das 20h40, para celebrar um dos maiores génios da música popular urbana, Prince, através da New Power Generation, a banda que o acompanhou no início dos anos 1990 e que com ele registou Diamonds And Pearls. Como vocalista, a banda apresenta Bilal, cantor e produtor associado à neo soul, colaborador de Beyoncé, Erykah Badhu ou Kendrick Lamar. Em declarações à Lusa, Luís Montez, o director da promotora responsável pelo festival, a Música no Coração, revelou que a banda convidou Ana Moura, cuja proximidade a Prince era conhecida, a juntar-se-lhe em palco – aguardemos pela noite para saber que resposta deu ela ao convite.
Os Red Hot Chili Peppers serão os grandes responsáveis pelos bilhetes esgotados no primeiro dia, mas surgem rodeados de outros nomes aguardados com expectativa. É o caso dos brasileiros Boogarins, que editaram recentemente o EP Lá Vem a Morte, prenunciador de novos rumos (digitais, sintetizados) para o seu psicadelismo luminoso (18h40), e de Kevin Morby, o ex-Woods, autor de uma Americana cativante, que apresentará aqui o novo álbum, City Music. Grande destaque do primeiro dia será o concerto de Legendary Tigerman (22h50). Misfit, o disco gravado em Joshua Tree, na Califórnia, e nascido de um processo criativo que envolveu a rodagem do filme Fade into Nothing, realizado por Pedro Maia, só será editado em Janeiro, mas no Super Bock Super Rock teremos o privilégio de o ouvir na totalidade pela primeira vez. Paulo Furtado diz que, a partir deste momento, a ideia de “one man band” está totalmente posta de parte. Este é um álbum de banda completa. Em palco, será acompanhado por João Cabrita (saxofone), Paulo Segadães (bateria) e Filipe Rocha (baixo).
O Super Bock Super Rock terminará no sábado. Será um dia roqueiro, se nos concentrarmos nos cabeças de cartaz Deftones (22h) e nos óptimos Stone Dead (19h30) e Black Bombaim (20h55) que ouviremos no palco adjacente à Meo Arena. Será um dia com outros atractivos: no mesmo palco em que actuam Stone Dead e Black Bombaim ouvir-se-á a música sem fronteiras dos Sensible Soccers (22h30) e pelo palco principal passarão, antes dos Deftones, os americanos Foster The People (20h20) e, depois, o aparentemente eterno Fatboy Slim (23h50). Isto sem esquecer, que sob a pala do Pavilhão de Portugal, poderemos ouvir Bruno Pernadas (17h20) ou duas gerações brasileiras: Silva (18h40) e Seu Jorge em modo Life Aquatic, ou seja, interpretando a obra de David Bowie (22h50).