Hospital Santa Maria acolhe primeiro espaço familiar Ronald McDonald em Portugal

Os familiares das crianças internadas podem agora podem descansar, comer, tomar um duche e até lavar e secar a roupa neste espaço familiar.

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Os pais de crianças internadas têm a partir desta quarta-feira um refúgio dentro do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde podem descansar, comer, tomar um duche e até lavar e secar a roupa sem se afastarem dos filhos. Localizado junto à unidade de pediatria do Hospital de Santa Maria, o Espaço Familiar Ronald McDonald, o primeiro em Portugal, "é um lugar especial" destinado a apoiar familiares de crianças em tratamento no hospital e contribuir para o seu bem-estar.

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Os pais de crianças internadas têm a partir desta quarta-feira um refúgio dentro do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde podem descansar, comer, tomar um duche e até lavar e secar a roupa sem se afastarem dos filhos. Localizado junto à unidade de pediatria do Hospital de Santa Maria, o Espaço Familiar Ronald McDonald, o primeiro em Portugal, "é um lugar especial" destinado a apoiar familiares de crianças em tratamento no hospital e contribuir para o seu bem-estar.

Com uma área de 183 metros quadrados, o espaço, com capacidade para acolher cerca de 20 pessoas em simultâneo, dispõe de uma cozinha, de uma lavandaria, de uma sala de estar e de uma sala de repouso, onde os pais podem ter um momento de descontracção.

"Este projecto é um bom exemplo de como o país é capaz de se organizar, de ser cúmplice nas boas causas", afirmou o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, no final da cerimónia de inauguração do espaço, um projecto da Fundação Infantil Ronald McDonalds, que conta com a parceria do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) e da Associação para as Crianças de Santa Maria.

Para Adalberto Campos Fernandes, esta iniciativa da sociedade civil "foi resultado de um consórcio de boas vontades". "Com muitos mecenas, com o envolvimento do hospital, foi possível hoje inaugurar um espaço que é digno de ser visto e de ser mostrado", salientou o ministro, saudando a iniciativa da fundação, que já tinha aberto duas Casas Ronald McDonald em Lisboa e no Porto.

A partir de agora, passa também a ser possível os pais poderem ter no Santa Maria "um espaço de repouso, de estadia" enquanto acompanham os filhos, muitas vezes com "internamentos difíceis e prolongados".

Mãe de quatro filhos, um dos quais com uma doença grave e crónica, Inês disse à agência Lusa que "não tem preço" existir um espaço como este para os pais "poderem viver algumas horas do dia como se estivesse na sua casa".

Desde que o Pedro nasceu há quatro anos, as idas ao Santa Maria tornaram-se uma rotina na vida de Inês. "Temos passado estes quatro anos no hospital, com muitos internamentos", alguns de três meses, contou.

Como tem mais três filhos a "logística familiar" é complicada, tendo de dividir atenção por todos. "Este espaço vem ajudar muito particularmente nisso", disse Inês.

"Ao fim de semana temos um espaço que é parecido com uma casa, onde podemos passar a tarde, acompanhar o filho que está internado e os outros três", explicou.

Inês destacou também a importância deste refúgio para as famílias que vivem longe de Lisboa.

"É uma coisa que nem imagino porque eu já sinto que a distância entre o hospital e a minha casa é grande, porque às vezes já saímos do hospital muito tarde e tenho que levar a roupa suja para casa e trazer de volta, imagino o que será ter de deslocar a família inteira para acompanhar a criança que está doente", comentou.

É este "bem-estar" que o espaço pretende proporcionar às famílias", disse à Lusa o director executivo da Fundação Infantil Ronald McDonald, João Sá Nogueira.

O objectivo é que "as famílias que passam 24 horas com a criança possam ter momentos de lazer, de distracção, mas também momentos em que possam cuidar de si, da sua higiene, das suas roupas", adiantou João Sá Nogueira.

Por outro lado, também pretende ser um espaço onde as "famílias possam partilhar as suas alegrias, as suas tristezas, encontrar um ombro amigo e principalmente ganharam em conjunto uma grande esperança na renovação da saúde dos seus filhos". Para o presidente do CHLN, Carlos Martins, "o dia de hoje marca a renovação de um serviço público" com mais humanização: "É um momento de felicidade" porque foi "transformar mais um sonho me realidade".