Farmacêuticos retiram pré-aviso de greve

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Joao Matos

O Sindicato Nacional dos Farmacêuticos retirou o pré-aviso da greve agendada para 18 e 19 de Julho, após ter recebido a garantia do Governo de que a sua reivindicação será levada a Conselho de Ministros no final do mês.

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O Sindicato Nacional dos Farmacêuticos retirou o pré-aviso da greve agendada para 18 e 19 de Julho, após ter recebido a garantia do Governo de que a sua reivindicação será levada a Conselho de Ministros no final do mês.

“A greve foi desconvocada porque o SNF (Sindicato Nacional dos Farmacêuticos) recebeu a garantia do Ministério da Saúde de que ‘os diplomas da carreira farmacêutica irão a reunião de Conselho de Ministros no próximo dia 27 de Julho’”, anunciou a estrutura sindical em comunicado.

Os farmacêuticos tinham marcada uma greve para 18 e 19 de Julho, e por tempo indeterminado a partir de 1 de Agosto, para exigir a imediata publicação da carreira farmacêutica no Sistema Nacional de Saúde (SNS), já negociada com o Governo, e consequente criação de uma carreira para os profissionais em regime de contrato individual de trabalho.

O sindicato refere que recebeu do Governo a informação de que “a carreira ficou aprovada na última reunião de secretários de Estado e o facto de só ir a reunião de Conselho de Ministros no próximo dia 27 prende-se exclusivamente com o facto de ser a reunião mensal que tem carácter deliberativo".

“O SNF congratula-se com este anúncio do Ministério da Saúde, tendo em consideração que esta era uma pretensão com mais de 20 anos, uma vez que a função dos farmacêuticos no SNS é insubstituível”, segundo o Sindicato, apontando “áreas críticas” como análises clínicas e genética humana, aquisição, preparação e distribuição de medicamentos e dispositivos médicos, nomeadamente, medicamentos para o cancro e doenças infeciosas, “com elevado impacto orçamental, que precisam de ser geridas por farmacêuticos, enquanto profissionais altamente qualificados”.

A estrutura sindical destaca ainda que da aprovação do diploma “não resultará qualquer impacto orçamental”, que era “condição sine qua non imposta pelo Governo”, apenas a “adequada regulamentação e organização da função” dos farmacêuticos.

O protesto tinha o apoio das ordens dos Farmacêuticos e dos Médicos, bem como da Associação Nacional das Farmácias.