Governo quer que Portugal recupere a “excelente reputação” dos vistos gold

O secretário de Estado da Internacionalização demissionário, Jorge Costa Oliveira, defendeu que Portugal precisa de recuperar a "excelente reputação" de país "com um dos melhores programas de vistos dourados".

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pcm patricia martins

Jorge Costa Oliveira, que falava na sessão de abertura do Fórum Anual dos Empresários Portugueses da Construção do Mundo, evento promovido pela Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), deixou um "apelo público" para que as associações do sector mantenham "pressão" em matéria de "facilitação à entrada de investimento no país".

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Jorge Costa Oliveira, que falava na sessão de abertura do Fórum Anual dos Empresários Portugueses da Construção do Mundo, evento promovido pela Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), deixou um "apelo público" para que as associações do sector mantenham "pressão" em matéria de "facilitação à entrada de investimento no país".

"Precisamos de voltar a recuperar aquilo que perdemos, que foi uma excelente reputação como país com um dos melhores programas de vistos dourados. Nunca seremos capazes de competir com a Malta ou com o Chipre - nunca haverá consenso na nossa comunidade para oferecer mais do que o direito à residência - mas temos oportunidade e capacidade para melhorar", disse Jorge Costa Oliveira.

O secretário de Estado da Internacionalização disse que, "infelizmente, ainda existe uma data de gente que acha que o investimento no imobiliário não é investimento produtivo como se o dinheiro se evaporasse no dia a seguir e não fosse introduzido no circuito" e garantiu que o Governo está a trabalhar na criação de "novas tipologias que ajudem a facilitar a captação de investimento e o empreendedorismo".

Jorge Costa Oliveira defendeu que "se mantenha a ligação que existe às bases de dado de segurança europeia" e alertou para dificuldades que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) possa enfrentar, pedindo "uma nova abordagem".

"Com as crescentes exigências [do SEF] - pelas várias vertentes em que tem sido chamado a intervir, nomeadamente no domínio humanitário e de apoio aos refugiados - é manifesto que o SEF não conseguirá dar vazão às necessidades nos próximos anos", analisou.

"Portanto, faço um apelo para que uma área essencial de captação de investimento em Portugal, como é o imobiliário, tenha uma nova abordagem e que seja feita por entidades com sensibilidade para as questões do investimento e o empreendedorismo e não por quem por ter seguido uma carreira de polícia ou equiparada aparentemente é mais dotado ou mais sério que os outros", completou.

Num discurso perante empresários e responsáveis de associações ligadas ao setor da construção e da internacionalização, o governante sublinhou que "o investimento que está a entrar em Portugal sobretudo no imobiliário é de enormíssima importância para o desenvolvimento do país".

E adiantou que o programa Internacionalizar em breve será submetido por António Costa ao Conselho Estratégico da Internacionalização, no qual a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) tem assento.

Jorge Costa Oliveira disse também, quando abordava a necessidade de encontrar mecanismos alternativos de financiamento, no Memorando para a Cooperação Empresarial Tripartida que foi "recentemente fechado" com a China, adiantando que o mesmo "está a ser negociado com a Coreia e outros países".

"As dificuldades [de financiamento] não vão acabar no curto prazo. Vão durar enquanto durar a reestruturação da Banca. Temos de encontrar soluções", disse o governante que tinha iniciado a sua intervenção referindo que "um terço do crescimento económico do país está alavancado nas exportações".