AdC abriu oito inquéritos no sector da distribuição
A Autoridade da Concorrência fez buscas em 20 instalações de empresas do sector da distribuição. O Pingo Doce confirmou ao PÚBLICO que foi uma das empresas visadas
A presidente da Autoridade da Concorrência (AdC) revelou nesta terça-feira na comissão parlamentar de Economia que a entidade reguladora realizou 20 operações de busca em entidades ligadas à distribuição e grande distribuição e que abriu oito inquéritos neste sector de actividade. As buscas realizaram-se em empresas da Grande Lisboa e Grande Porto, segundo a informação divulgada por Margarida Matos Rosa no Parlamento.
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A presidente da Autoridade da Concorrência (AdC) revelou nesta terça-feira na comissão parlamentar de Economia que a entidade reguladora realizou 20 operações de busca em entidades ligadas à distribuição e grande distribuição e que abriu oito inquéritos neste sector de actividade. As buscas realizaram-se em empresas da Grande Lisboa e Grande Porto, segundo a informação divulgada por Margarida Matos Rosa no Parlamento.
Entre várias entidades questionadas pelo PÚBLICO, apenas o Pingo Doce confirmou ter sido alvo de buscas. “Confirmamos que a Autoridade da Concorrência visitou a Companhia Pingo Doce no âmbito das suas competências”, disse ao PÚBLICO fonte da empresa detida pelo grupo Jerónimo Martins.
Foi prestada “a colaboração devida, nada nos levando, no entanto, a supor que sejamos visados em qualquer processo", acrescentou a mesma fonte.
O PÚBLICO também contactou a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), a Auchan, dona do Jumbo, e a Sonae, dona do grupo Continente, que optaram por não comentar.
O mesmo optaram por fazer outras entidades como a Unicer, que distribui a cerveja Super Bock e a Central de Cervejas, que distribui a marca Sagres. A Unicer referiu que "não tem qualquer comentário a fazer sobre o assunto" e a Central de Cervejas adiantou tratar-se de "matéria da competência da AdC", remetendo esclarecimentos para o regulador.
Na sua newsletter de Maio, a AdC já tinha divulgado que “o sector da grande distribuição tem sido alvo de operações de busca e apreensão”, não só ao nível das empresas de distribuição, mas também dos fornecedores.
As investigações por "eventuais restrições à concorrência envolvem fornecedores e distribuidores" e estão relacionadas com "práticas que afectam directamente o consumidor final", explicou a entidade reguladora. Desde o início do ano foram realizadas “diligências de busca em 21 instalações de 20 empresas”.
“As buscas estão relacionadas com vários processos que, na quase totalidade, as empresas objecto pertencem a grupos económicos diferentes”, explicou ao PÚBLICO fonte oficial da AdC.