Prémio de Artes Paulo Cunha e Silva já tem finalistas

Júri propôs à Câmara do Porto acrescentar uma nova etapa no processo do prémio, em virtude da qualidade “excepcional” dos projectos nomeados.

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Paulo Cunha e Silva Fernando Veludo/NFACTOS

A dupla portuguesa Mariana Caló e Francisco Queimadela, o brasileiro Jonathas de Andrade, a espanhola June Crespo, a norte-americana Christine Sun Kim, o guatemalteco Naufus Ramírez Figueroa e a ucraniana Olga Balema são os artistas finalistas da primeira edição do Prémio Internacional de Artes Visuais Paulo Cunha e Silva, que a Câmara Municipal do Porto vai atribuir no próximo ano, em homenagem ao antigo vereador da Cultura.

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A dupla portuguesa Mariana Caló e Francisco Queimadela, o brasileiro Jonathas de Andrade, a espanhola June Crespo, a norte-americana Christine Sun Kim, o guatemalteco Naufus Ramírez Figueroa e a ucraniana Olga Balema são os artistas finalistas da primeira edição do Prémio Internacional de Artes Visuais Paulo Cunha e Silva, que a Câmara Municipal do Porto vai atribuir no próximo ano, em homenagem ao antigo vereador da Cultura.

A decisão de acrescentar uma nova etapa no processo de atribuição do prémio foi tomada pela autarquia a pedido do júri, que considerou “excepcional” a qualidade do conjunto dos portfolios dos 47 artistas nomeados no passado mês de Março, o que tornou “muito difícil” decidir já o nome do vencedor, explicou ao PÚBLICO fonte do gabinete da câmara portuense.

O júri internacional do prémio é constituído pelo artista plástico Julião Sarmento, pelos curadores João Laia e Vicente Todolí e pela coreógrafa Meg Stuart. Caber-lhes-á fazer a escolha definitiva do prémio quando, em Março do próximo ano, os sete artistas (e seis projectos) realizarem uma exposição colectiva na Galeria Municipal do Porto.

O Prémio Internacional de Artes Visuais Paulo Cunha e Silva destina-se a artistas com menos de 40 anos, que no seu currículo, não contem com mais do que uma exposição individual num espaço ou numa instituição “de relevo internacional”, diz o regulamento. No valor de 25 mil euros, o prémio é financiado pela Fundação Millennium BCP.

Lançado no final de 2016, cerca de um ano após a morte de Paulo Cunha e Silva (1962-2015), o galardão previa a atribuição daquele valor em forma de bolsa para a produção de uma exposição inédita no Porto. Na sequência da presente sugestão, a mostra passará a ser colectiva, e é a partir dela que o júri vai decidir o vencedor.

Os seis projectos finalistas foram escolhidos de entre os 47 nomeados por um conjunto de 16 curadores internacionais. Entre eles estava também a artista e cineasta portuguesa Salomé Lamas. Mariana Caló e Francisco Queimadela, escolhida pelos curadores Luís Silva e João Mourão, ficam assim a representar a arte portuguesa. A dupla, formada na Escola de Belas Artes do Porto, venceu o Prémio BES Revelação em 2012 e apresentou, no ano passado, o projecto O Livro da Sede no Museu de Serralves. Exibem actualmente na galeria Solar, em Vila do Conde, no âmbito da 25.ª edição do festival Curtas, a instalação vídeo Efeito Orla, em volta do imaginário do lince da Serra da Malcata.

Notícia corrigida às 12h59, de 12 de Junho: o prémio destina-se a artistas com menos de 40 anos e que não tenham no seu currículo mais do que uma exposição individual num espaço ou numa instituição “de relevo internacional".