Associações de doentes defendem criação de um provedor e mais partilha de recursos

Associações querem uma agenda comum para o tratamento do cancro da mama e do cancro colo-rectal.

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Os doentes também querem ter acesso à informação sobre ensaios clínicos ser ouvidos na definição do seu percurso ruf rui farinha/NFactos

As associações de doentes que participaram num fórum sobre cancro defendem a criação de um provedor do doente, oriundo da sociedade civil, e uma maior partilha de recursos entre hospitais e representantes de quem se depara com a doença.

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As associações de doentes que participaram num fórum sobre cancro defendem a criação de um provedor do doente, oriundo da sociedade civil, e uma maior partilha de recursos entre hospitais e representantes de quem se depara com a doença.

Estas são duas das conclusões da 4.ª edição do fórum "CANCRO 2020: RePensar para Fazer Melhor. Humanização e Partilha", que na quarta-feira serão apresentadas numa cerimónia na Assembleia da República.

Um dos objectivos da iniciativa era que "os principais prestadores de cuidados nestas patologias reunissem consenso sobre uma Agenda Comum para a Prestação de Cuidados no Cancro".

Essa agenda, defendem, deve ter por base "informação recolhida sobre key performance indicators (KPI), em contexto nacional e internacional, para o tratamento do cancro da mama e do cancro colo-rectal (ainda que abarque questões referentes a todas as doenças oncológicas), tendo em conta as experiências e expectativas dos doentes".

As associações de doentes defendem a existência de um provedor do doente, oriundo da sociedade civil. E consideram que estas associações de doentes "devem comunicar melhor, com os doentes e com o sistema".

O doente "deve ser envolvido na decisão sobre o seu tratamento, depois de ser bem informado pelos profissionais de saúde", sustentam ainda. "O doente deve também poder ter acesso à informação sobre ensaios clínicos."

"No que se refere à personalização do doente pelos profissionais, os doentes querem ter profissionais próximos de si, que comuniquem com eles de forma adequada ao seu estado de saúde", lê-se nas conclusões do estudo.