Secretário de Estado da Indústria sai "orgulhoso" do Governo e do seu trabalho
João Vasconcelos demitiu-se no domingo, pedindo para ser constituído arguido no inquérito às viagens ao Euro 2016 pagas pela Galp.
Um dia depois de ter anunciado o seu pedido de exoneração, o até agora secretário de Estado da Indústria publicou um texto de despedida, onde diz sair do Governo “com uma absoluta confiança em todos os projectos” que pôs em marcha e equipas que nomeou, “com a certeza de que continuarão a trabalhar para a causa pública e para o bem do país” e “orgulhoso por ter integrado um Governo tão reformador quanto humano, na resposta que sabe dar às circunstâncias em que encontrou o país”.
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Um dia depois de ter anunciado o seu pedido de exoneração, o até agora secretário de Estado da Indústria publicou um texto de despedida, onde diz sair do Governo “com uma absoluta confiança em todos os projectos” que pôs em marcha e equipas que nomeou, “com a certeza de que continuarão a trabalhar para a causa pública e para o bem do país” e “orgulhoso por ter integrado um Governo tão reformador quanto humano, na resposta que sabe dar às circunstâncias em que encontrou o país”.
João Vasconcelos aproveita o texto na sua página de Facebook para “agradecer as milhares de manifestações de apoio” que recebeu “nas últimas horas”.
A Procuradoria-Geral da República já fez saber que o ex-secretário de Estado da Indústria será constituído arguido no inquérito relativo às viagens para assistir a jogos do Euro 2016 pagas pela Galp. O mesmo se passará com os secretários de Estado Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, e da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira. Todos se demitiram em conjunto, dizendo ter solicitado ao Ministério Público a sua constituição como arguidos.
O responsável pela Web Summit começa por enumerar os objectivos traçados quando aceitou este cargo, há 20 meses. Para além de “fazer da Web Summit uma montra digna e moderna do país”, refere a vontade de “colocar a indústria portuguesa numa posição de liderança perante a revolução industrial da digitalização”, “facilitar a vida às novas empresas e aos empreendedores” ou “colocar Portugal no radar dos melhores investidores e decisores económicos internacionais”.
Entre os sucessos, João Vasconcelos sublinha o programa Capitalizar, “a primeira grande reforma da maneira como se financia e gerem as empresas que se querem reestruturar e crescer”, o programa Indústria 4.0, que já se traduziu “em múltiplas parceiras entre a indústria, associações empresariais, as universidades, os centros tecnológicos e as startups” e o Programa Startup Portugal, que conta “com 20 medidas para apoiar quem decide ser empreendedor, está com 90% das medidas já em execução” e “tem uma Rede Nacional de Incubadoras cada vez mais dinâmica e sustentada”.