Pedrógão Grande: Fundo criado com donativos tem como prioridade a reconstrução habitacional
A maior parte do fundo criado para apoio às populações vai ser aplicado na reconstrução das 500 habitações afectadas pelos incêndios.
O ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social disse nesta quarta-feira que o fundo que está a ser criado para apoio às populações vai estar "muito orientado" para a reconstrução habitacional.
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O ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social disse nesta quarta-feira que o fundo que está a ser criado para apoio às populações vai estar "muito orientado" para a reconstrução habitacional.
"Por parte do Ministério do Trabalho, há aqui duas dimensões que são relevantes. Teremos uma função de coordenação do fundo que está a ser criado para uma intervenção imediata e de curto prazo na região, nos três concelhos, muito orientado, não exclusivamente, mas muito orientado para a reconstrução habitacional. Esse foi um dos temas da nossa conversa", afirmou Vieira da Silva.
O governante falava aos jornalistas à saída de uma reunião que decorreu na Câmara de Figueiró dos Vinhos e que juntou à mesa, o autarca local e os dois presidentes dos municípios de Pedrógão Grande e de Castanheira de Pera.
"Vai ser uma estrutura partilhada com os municípios e a sociedade civil, principalmente utilizando uma dimensão significativa de recursos e de apoios de solidariedade nacional e internacional que se vai dedicar, no imediato, no terreno, a um conjunto de intervenções para recuperar as habitações que foram destruídas", explicou.
A criação deste fundo tem como objetivo principal e imediato responder à reconstrução das habitações totalmente ou parcialmente destruídas pelos incêndios que terão afetado aproximadamente 500 habitações, 169 de primeira habitação, 205 de segunda e 117 já devolutas.
"Penso que estamos em condições de dar resposta a todas as situações que foram identificadas. Ainda não temos uma estimativa de quanto vai custar a recuperação de todas as habitações", frisou.
Vieira da Silva sublinhou que os donativos que integram o fundo vão ser geridos por uma comissão, constituída pelas autarquias, um representante do Governo e um representante da sociedade civil.
"Existem outros fundos geridos por outras instituições, isso não é nada de mal", afirmou o ministro, sem concretizar a que fundos ou instituições se estava a referir.
Disse ainda que o Governo participará consoante as necessidades e adiantou que tem também outras áreas em que vai intervir, nomeadamente em equipamentos, infraestruturas e floresta, na sequência do levantamento que foi feito.
"[Nesta quarta-feira] estivemos a trabalhar muito em cima das questões da recuperação habitacional", concluiu.