MP de Leiria acusa 21 pessoas e uma sociedade de associação criminosa e extorsão

Os arguidos estão acusados de vários crimes, entre os quais, ofensa à integridade física, coacção agravada, exercício ilícito da actividade de segurança privada. Os actos criminosos são referentes aos anos de 2015 e 2016.

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Enric Vives-Rubio

O Ministério Público de Leiria (MP) anunciou esta terça-feira que foi deduzida a acusação contra 21 pessoas e uma sociedade, imputando-lhes vários ilícitos criminais, entre os quais associação criminosa, extorsão e coacção.

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O Ministério Público de Leiria (MP) anunciou esta terça-feira que foi deduzida a acusação contra 21 pessoas e uma sociedade, imputando-lhes vários ilícitos criminais, entre os quais associação criminosa, extorsão e coacção.

De acordo com uma nota publicada na página oficial do MP de Leiria, os 22 arguidos estão acusados dos crimes de extorsão, coacção, coacção agravada, ofensa à integridade física qualificada, ameaça, ameaça agravada, exercício ilícito da actividade de segurança privada, detenção de arma proibida, violência doméstica e associação criminosa.

"Na acusação fez-se constar que nos anos de 2015 e 2016, nos distritos de Leiria e Coimbra, os arguidos, agindo em comunhão de esforços e intentos, inseridos numa estrutura criminosa, visaram forçar possuidores de determinados estabelecimentos, sobretudo de diversão noturna, a celebrarem contratos de prestação de segurança privada, fixando os preços, as condições de serviço, o meio de pagamento e a quantidade de segurança, os quais acatavam com receio de sofrerem represálias", lê-se no documento publicado.

De acordo com o MP, para a concretização dos seus planos, os arguidos terão proferido ameaças e terão recorrido à coacção e à força física, "sendo auxiliados pelo uso de armas, que seriam utilizadas contra quem se opusesse às suas intenções, chegando a molestar o corpo de vítimas, que cediam com sério receio da sua vida, da sua integridade física e de bens de valor patrimonial elevado como os referidos estabelecimentos".

Dois dos arguidos continuam sob a medida de coacção de prisão preventiva, decretada em 30 de Dezembro de 2016. O MP requereu também a proibição do exercício de actividade de serviços de segurança privada ou, no mínimo, a sua suspensão pelo período máximo legalmente permitido.

A operação Punho Cerrado, que se desenrolou no dia 27 de Dezembro de 2016, nos distritos de Leiria, Lisboa, Coimbra e Santarém, levou à detenção de 17 pessoas e à apreensão de mais de 20 mil euros, informou a PSP à data.

Em nota de imprensa, o Comando Distrital da PSP de Leiria adiantou que realizou dez mandados de detenção fora de flagrante delito, cerca de 50 buscas domiciliárias e cerca de 20 buscas não domiciliárias a empresas e estabelecimentos de restauração e diversão noturna.

"As detenções foram efectuadas maioritariamente na zona de Leiria e Coimbra, sendo dois detidos do sexo feminino e 15 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 20 e os 64 anos", referiu ainda a nota de imprensa. A investigação foi efectuada sob direcção do Ministério Público do Departamento de Investigação e Acção Penal de Leiria, com a coadjuvação da PSP de Leiria.