Plano Juncker destina 29 milhões de euros para rede de gás natural no Norte
Empréstimo vai ser concedido à Sonorgás, operadora que vai poder construir mais 220 quilómetros de rede em municípios do Norte de Portugal
O plano Juncker, nome dado ao instrumento financeiro que apoia investimentos estratégicos na Europa, aprovou um contrato de empréstimo de 29 milhões de euros que vai ser celebrado com a Sonorgás, uma empresa fornecedora e operadora de uma rede de distribuição de gás natural. Este financiamento vai permitir a expansão das redes de distribuição para novas áreas na região Norte do país.
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O plano Juncker, nome dado ao instrumento financeiro que apoia investimentos estratégicos na Europa, aprovou um contrato de empréstimo de 29 milhões de euros que vai ser celebrado com a Sonorgás, uma empresa fornecedora e operadora de uma rede de distribuição de gás natural. Este financiamento vai permitir a expansão das redes de distribuição para novas áreas na região Norte do país.
De acordo com a informação divulgada pela Comissão Europeia, este projecto vai ser assinado com o Banco Europeu de Investimento e permitirá o acesso ao fornecimento de gás natural a localidades até aqui não cobertas pela rede.
Ao todo serão construídos cerca de 220 kms de novos pipelines de distribuição e de 19 estações de armazenamento de Gás Natural Liquefeito (GNL). Como resultado, a Sonorgás prevê aumentar o número de clientes de 16 mil para mais de 40 mil nos próximos três anos. E o impacto em termos de mercado de emprego também já está calculado: serão mais de 900 pessoas durante o processo de implementação e 40 novos postos de trabalho qualificados e permanentes.
A Sonorgás pertence ao Grupo Dourogás, e exerce actividade como operador no mercado regulado. Está actualmente presente em cinco localizações: Arcos de Valdevez/Ponte da Barca; Macedo de Cavaleiros; Mirandela; Peso da Régua/ Santa Marta de Penaguião e Póvoa de Lanhoso. O projecto de expansão da Sonorgás vai permitir a municípios sem redes de distribuição de gás natural ganharem acesso ao fornecimento, beneficiando assim de energia mais limpa.
Num comunicado enviado às redacções, Carlos Moedas, comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, sublinhou o facto de este este acordo “criar emprego, impulsionar a economia local, melhorar a segurança energética e beneficiar o ambiente”. São precisamente estes os objectivos do Plano Juncker, do qual Portugal tem beneficiado. Já foram aprovadas em Portugal operações num valor superior a 1200 milhões de euros e espera-se que essas operações gerem cerca de 4000 milhões de euros em investimento.”, frisa o comissário português.
O presidente da Sonorgás, Nuno Afonso Moreira, citado no mesmo comunicado, destaca que o investimento , com acesso a condições vantajosas em termos de financiamento, terá um impacto económico positivo e "trará mais qualidade de vida a milhares de lares e gerará desenvolvimento na região Norte de Portugal".
“Devido a este importante investimento em infra-estruturas, o território irá tornar-se mais atractivo e competitivo, permitindo que novas indústrias possam prosperar e, consequentemente, impulsionar a criação de novos empregos”, sublinhou. Referindo-se a este investimento como “estratégico para a Sonorgás”, Nuno Afonso Moreira mostrou estar muito satisfeito “por ter um projecto central a ser desenvolvido no âmbito do Plano de Investimentos para a Europa”.
Espera-se que os projectos e acordos aprovados até este momento no âmbito do Plano Juncker venham a mobilizar mais de 209 mil milhões em investimentos e apoiar cerca de 427 pequenas e médias empresas nos 28 Estados-membros da UE. Em Portugal estão aprovados investimentos de 1209 milhões de euros, que deverão alavancar investimentos na ordem dos 3934 milhões.