Teresa Leal Coelho insiste na concessão da Carris a privados
Candidata do PSD a Lisboa assumiu que concorre para ser presidente, mas não vai pedir maioria absoluta.
Ainda não tem programa eleitoral, apenas "linhas de orientação", mas há uma ideia que já lá tem lugar marcado: a concessão da Carris a privados. Teresa Leal Coelho deu uma entrevista à TSF, esta terça-feira de manhã, e voltou a dizer que não concorda com a municipalização da Carris. "Não desconfio da iniciativa privada para gerir estas empresas. Acredito que o Estado não tem essa capacidade", repetiu a candidata do PSD à Câmara Municipal de Lisboa nas eleições de Outubro.
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Ainda não tem programa eleitoral, apenas "linhas de orientação", mas há uma ideia que já lá tem lugar marcado: a concessão da Carris a privados. Teresa Leal Coelho deu uma entrevista à TSF, esta terça-feira de manhã, e voltou a dizer que não concorda com a municipalização da Carris. "Não desconfio da iniciativa privada para gerir estas empresas. Acredito que o Estado não tem essa capacidade", repetiu a candidata do PSD à Câmara Municipal de Lisboa nas eleições de Outubro.
Ainda neste capítulo, Teresa Leal Coelho considerou que a estratégia que o actual executivo tem vindo a levar a cabo "não serve os lisboetas", apelidando mesmo de "fanatismo ideológico" a opção de manter a empresa de transportes nas mãos do município às custas dos contribuintes. "Esta gestão vai sair muito cara aos munícipes, aliás, já está a sair", disse a candidata, lembrando que é a Emel (empresa que gere o estacionamento na cidade) que está a financiar a Carris, como transferências que recentemente atingiram os 15 milhões de euros.
Questionada pelos jornalistas sobre se não deve ser o estacionamento a financiar os transportes públicos, a social-democrata respondeu: "A Emel naturalmente gere estacionamentos, mas quando tem de o fazer para financiar a Carris, tem preços demasiado elevados". Recordando os tempos em que a classe média ainda não tinha sido expulsa de Lisboa e estacionava à porta de casa e do emprego sem ter de pagar por isso, Teresa Leal Coelho defendeu a "alteração de prioridades", com a maior aposta na acção social.
"Mas é a acção social que vai trazer a classe média de volta?", perguntou a TSF. "É também", disse a candidata do PSD, explicando que têm de se lançar políticas públicas que tornem tão atractivo o aluguer de longa duração como o de curta e que financiem serviços para os jovens casais, como creches e ATL.
Teresa Leal Coelho assumiu que, no próximo dia 1 de Outubro, vai pedir maioria aos lisboetas. "Não vou pedir maioria absoluta", explicou. "O meu objectivo mínimo é vencer as eleições. Estou convencida e estou a concorrer para presidente", esclareceu. A social-democrata, que aceitará ficar com vereadora em caso de derrota, afirmou ainda que já escolheu o seu número dois, mas que não o revela, e anunciou que o seu programa será "apresentado mais adiante".
Sobre a disputa à direita, espaço político onde se candidata também a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, Teresa Leal Coelho disse: "Não estamos em nenhuma competição. O PSD concorre com o PS. O meu adversário é Fernando Medina".