Polícia turca usa cães e balas de borracha contra marcha gay

Dezenas de pessoas foram detidas, entre as quais um jornalistas da Associated Press.

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A polícia impediu a marcha por todos os meios Murad Sezer/REUTERS

O governador de Istambul proibiu o desfile do orgulho gay e LGBT pelo segundo ano consecutivo, por “motivos de segurança”, mas as pessoas tentaram desfilar para chegar à praça Taksim, no centro da cidade. A polícia, no entanto, estava à espera: não para protegê-las, mas para as deter, usando até gás lacrimogénio, cães e balas de borracha, descreve a Reuters.

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O governador de Istambul proibiu o desfile do orgulho gay e LGBT pelo segundo ano consecutivo, por “motivos de segurança”, mas as pessoas tentaram desfilar para chegar à praça Taksim, no centro da cidade. A polícia, no entanto, estava à espera: não para protegê-las, mas para as deter, usando até gás lacrimogénio, cães e balas de borracha, descreve a Reuters.

Foi também detido o jornalista da Associated Bram Janssen, que estava a cobrir os acontecimentos. 

Os organizadores da marcha dizem que pelo menos 23 activistas foram detidos, nas ruas laterais que dão acesso à praça Taksim. Há no entanto relatos de que mais pessoas terão sido detidas.

Manifestantes tentaram juntar-se no bairo de Cihangir, com tambores, gritando palavras de ordem como "não estejas calado, grita, os gays existem!", relatam várias testemunhas nas redes sociais.

"O verdadeiro motivo para estas reacções contra uma marcha que se realizou durante 12 anos em paz é o ódio", dizem os organizadores, citados pela Reuters. "A nossa segurança não pode ser garantida se nos prenderem, se nos pedirem que nos escondamos. Só será garantida se nos reconhecerem na Constituição, assegurando que temos acesso à justiça, à igualdade e à liberdade", dizem em comunidado.