“Parabéns!” ao Curtas com Rodrigues, Salaviza, Aguilar, Kaurismäki e Kiarostami

É às 18h30 de sábado, 8 de Julho, que a ante-estreia de O Outro Lado da Esperança, de Aki Kaurismaki, abre oficialmente a celebração do quarto de século do festival.

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É com O Outro Lado da Esperança, de Kaurismaki, que o Curtas dá o “pontapé de saída” para as comemorações dos seus 25 anos

É com o novo filme de Aki Kaurismäki, O Outro Lado da Esperança, que o Curtas Vila do Conde dá o “pontapé de saída” para as comemorações dos seus 25 anos. É às 18h30 de sábado, 8 de Julho, que a ante-estreia do segundo filme da “trilogia portuária” do finlandês que reside em Portugal metade do ano abre oficialmente a celebração do quarto de século do festival, cujo programa completo foi revelado em conferência de imprensa na manhã de quinta-feira em Vila do Conde.

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É com o novo filme de Aki Kaurismäki, O Outro Lado da Esperança, que o Curtas Vila do Conde dá o “pontapé de saída” para as comemorações dos seus 25 anos. É às 18h30 de sábado, 8 de Julho, que a ante-estreia do segundo filme da “trilogia portuária” do finlandês que reside em Portugal metade do ano abre oficialmente a celebração do quarto de século do festival, cujo programa completo foi revelado em conferência de imprensa na manhã de quinta-feira em Vila do Conde.

Kausiamäki não é o único nome “de peso” a regressar ao festival nortenho: do lado português, Sandro Aguilar faz a estreia mundial de Mariphasa, a sua segunda longa, nove anos depois de A Zona, com António Júlio Duarte, Albano Jerónimo e Isabel Abreu nos papéis principais. E João Pedro Rodrigues mostra (na competição nacional) a curta que realizou para a retrospectiva do centro Pompidou, Oú en êtes-vous, João Pedro Rodrigues? (A sua primeira curta, Parabéns!, é também um dos 25 filmes escolhidos para celebrar o aniversário.) Também Kelly Reichardt, alvo de retrospectiva há dois anos, está no programa (com Certain Women, a sua longa mais recente com Laura Dern, Kristen Stewart e Michelle Williams, que se mantém inédita em Portugal), a par do falecido Abbas Kiarostami (o seu filme póstumo 24 Frames, estreado em Cannes).

A “secção nobre” que é a competição nacional, este ano com 16 filmes, estreia em território nacional as curtas de Cannes Coelho Mau de Carlos Conceição e Farpões, Baldios de Marta Mateus, a par dos últimos filmes de João Salaviza (Altas Cidades de Ossadas), Gabriel Abrantes (Os Humores Artificiais) e Salomé Lamas (Coup de Grâce). Pelo Panorama Nacional passarão os mais recentes títulos de Tiago Afonso (Triptic), Jorge Jácome (Flores) e Pedro Neves Marques (Semente Exterminadora). E, no âmbito da selecção de filmes de escola Take One!, realizar-se-á um debate com Leonor Teles, João Salaviza e Diogo Costa Amarante, os três recentes vencedores dos Ursos de Ouro da curta-metragem no festival de Berlim.

Pedro Neves Marques é também um dos nomes convocados para a exposição que decorrerá em simultâneo na Solar – Galeria de Arte Cinemática: sob o genérico Terra, numa referência simultaneamente às questões ambientais planetárias e à noção de solo e lugar, mostrar-se-ão seis instalações site-specific realizadas por nomes habituados ao cruzamento entre as belas-artes e o cinema. São eles Gabriel Abrantes e Ben Rivers (O Corcunda), Priscila Fernandes (De Noite Todos os Gatos São Pardos), Neves Marques (Learning to Live with the Enemy?), Joana Pimenta (Um Campo de Aviação), Lúcia Prancha (um tríptico composto pela instalação Tomando-lhe a Mão Fiz com que Seus Dedinhos Roçassem os Atalhos da Minha Geringonça e Depois se Molhassem Dentro do que Ela Diz Doce Escultura, pelo video Sleepworkers e pela impressão Posters for the True Sentimental Bitch) e Mariana Caló e Francisco Queimadela (Efeito Orla).

Finalmente, a destacar ainda o programa Carte Blanche, composto por nove sessões exibindo 25 curtas escolhidas por 25 personalidades que acompanharam o Curtas. Entre elas estão os realizadores Miguel Gomes e Eduardo Brito, o director de fotografia Rui Poças, os músicos Manuela Azevedo, Paulo Furtado e Adolfo Luxúria Canibal, o escritor Valter Hugo Mãe, a radialista Inês Meneses ou os críticos João Lopes e Francisco Ferreira (o PÚBLICO está representado pela editora Inês Nadais e pelo crítico Jorge Mourinha). Os filmes escolhidos incluem títulos de cineastas “clássicos” como Man Ray, Chris Marker, Len Lye, Federico Fellini, Jean-Luc Godard ou Manoel de Oliveira, mas também obras de João Pedro Rodrigues, Miguel Gomes, Rodrigo Areias, Jim Jarmusch, Luc Moullet, Tim Burton, Hal Hartley, Gus van Sant ou Nicolas Provost. O programa completo está já pronto a consultar em http://festival.curtas.pt