Como não os deixam usar calções, estes rapazes usam saias

Em protesto contra a posição da escola, que não permitiu a mudança de uniforme apesar do tempo quente, um grupo de rapazes resolveu usar saias

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No primeiro dia do protesto, apenas cinco alunos vestiram saias

Quando, nos últimos dias, as temperaturas subiram no Reino Unido, um grupo de alunos da academia ISCA, em Exeter, no Sudoeste de Inglaterra, pediu autorização à direcção da escola para usar calções. O uniforme masculino é composto por camisa, gravata e calças, e os adolescentes queriam sentir-se mais frescos. Como a resposta a este pedido foi negativa, decidiram aparecer na escola com saias.

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Quando, nos últimos dias, as temperaturas subiram no Reino Unido, um grupo de alunos da academia ISCA, em Exeter, no Sudoeste de Inglaterra, pediu autorização à direcção da escola para usar calções. O uniforme masculino é composto por camisa, gravata e calças, e os adolescentes queriam sentir-se mais frescos. Como a resposta a este pedido foi negativa, decidiram aparecer na escola com saias.

Pediram as saias emprestadas a irmãs e amigas, escreve o Guardian, e juntaram-se à entrada da escola. Se no primeiro dia eram apenas cinco alunos, no segundo já se contavam algumas dezenas. O jornalista da BBC Simon Hall partilhou fotografias do protesto no Twitter e a história tornou-se viral, com milhares de partilhas.

Um dos alunos contou ao Devon Live que lhes foi dito que a saia “era demasiado curta e as suas pernas demasiado peludas”. “Alguns dos rapazes tiveram isto em conta e compraram lâminas para depilarem as pernas”, continua o jornal britânico.

“Não somos autorizados a vestir calções e eu não vou estar sentado o dia todo de calças, está muito calor”, disse um dos rapazes, citado pela BBC. A directora da academia ISCA, Aimee Mitchell, alegou que os calções “não fazem parte” do uniforme escolar.

“Reconhecemos que os últimos dias foram excepcionalmente quentes e estamos a fazer os possíveis para que estudantes e funcionários [da escola] se sintam confortáveis”, adiantou a directora, admitindo que, no futuro, mudanças nos uniformes podem ser equacionadas.

Claire Reeves, a mãe de um dos alunos em protesto, revelou-se “extremamente orgulhosa”: “As pessoas estão sempre a falar de direitos iguais para homens e mulheres e os uniformes escolares não devem ser diferentes”.