A tragédia de Pedrógão na imprensa internacional

Aos poucos, os órgãos de comunicação internacional vão-se apercebendo da dimensão da tragédia em Pedrógão Grande.

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Uma das fotografias que a Reuters colocou na sua linha Rafael Marchante/Reuters

“Incêndio florestal mata 62 pessoas perto de Coimbra”, diz a manchete do site da BBC News, que fala num desastre “catastrófico” e diz que o número de mortos vai aumentar.

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“Incêndio florestal mata 62 pessoas perto de Coimbra”, diz a manchete do site da BBC News, que fala num desastre “catastrófico” e diz que o número de mortos vai aumentar.

O jornal britânico The Guardian dá também destaque ao incêndio em Portugal no seu site, que surge logo abaixo da sua manchete sobre o incêndio num prédio de habitação em Londres que matou 58 pessoas. “Pelo menos 62 pessoas morreram num gigantesco fogo florestal no Centro de Portugal, muitos morreram dento dos carros quando tentavam escapar às chamas”, diz o diário, que acrescenta que foram declarados três dias de luto nacional.

O norte-americano New York Times, que no artigo publica fotografias da guerra dos bombeiros com o gigantesco fogo, menciona a morte de uma criança de quatro anos.

O canal de televisão pan-árabe Al-Jazira noticia a tragédia na região Centro na coluna das Latest News. “Fogo florestal mata pelo menos 58 pessas em Portugal. Número de mortos deverá subir, bombeiros combatem pelo menos 60 focos de fogo que teve origem na zona de Pedrógão Grande.”

O jornal espanhol El País abriu um Ao Minuto para seguir a tragédia — destaca que as autoridades sublinharam que não se trata de fogo posto e que soldados do Exército foram enviados para o local, para ajudar —, além de ter mais dois títulos, um deles de uma fotogaleria. No site de El Mundo, a notícia é manchete: “Uma devastadora tempestade de chamas causa a morte a 62 pessoas em Portugal.”

“Estado de emergência em Leiria”, diz a brasileira Folha de São Paulo, que sublinha que parte das vítimas morreu carbonizada quando tentava fugir do fogo.

Na Alemanha, no site da revista Der Spiegel diz-se que as equipas de socorros continuam a encontrar mortos e também que muitas pessoas morreram a tentar fugir. O texto menciona ainda que o Governo alemão disponibilizou ajuda na luta contra o incêndio, citando uma mensagem no Twitter do porta-voz de Angela Merkel, Steffen Seibert.

O jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung faz título com a informação de que muitos morreram queimados dentro dos carros, destacando ainda que há várias aldeias cercadas pelo fogo. “Na fuga do fogo, vários automobilistas foram apanhados pelas chamas.”

O Zeit destaca a causa provável do incêndio, uma trovoada, e menciona a reacção da chanceler alemã, Angela Merkel, e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Sigmar Gabriel, que se declararam “muito consternados”.

Em França, o Libération menciona o facto de várias aldeias terem sido cercadas pelas chamas e que, “apenas na aldeia de Nodeirinho, morreram onze habitantes”.

O jornal Le Monde sublinha a “violência inédita” do incêndio e diz que a França enviou três aviões no quadro do Mecanismo Europeu de Protecção Civil e que o Presidente, Emmanuel Macron, declarou a sua “solidariedade com as vítimas”.

Em Hong Kong, o South China Morning Post noticia o incêndio na secção Mundo do seu site. Escreve: “Muitos morreram queimados nos seus carros” — “Portugal, como a maior parte dos países do Sul da Europa, é propenso a fogos florestais nos meses de Verão”, sublinha-se.