Homossexualidade: queixa contra psicóloga ainda sem decisão

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Rui Gaudêncio

Um grupo de trabalho da Ordem preparou um documento com orientações aos psicólogos que, entre outros aspectos, defende que quando lida com pessoas lésbicas, gays, bissexuais e trans (LGBT) o profissional deve reconhecer “os limites que podem decorrer (...) dos seus valores pessoais” que possam interferir “com a sua isenção e objectividade”.

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Um grupo de trabalho da Ordem preparou um documento com orientações aos psicólogos que, entre outros aspectos, defende que quando lida com pessoas lésbicas, gays, bissexuais e trans (LGBT) o profissional deve reconhecer “os limites que podem decorrer (...) dos seus valores pessoais” que possam interferir “com a sua isenção e objectividade”.

O mesmo documento também coloca a tónica na necessidade da formação e auto-avaliação, de modo a que o psicólogos trabalhem estas matérias, nomeadamente as da transexualidade, à luz do “conhecimento científico válido”. O “guia orientador” está neste momento em consulta pública. E resultará numa proposta formal da Ordem dos Psicólogos, avança o bastonário, Francisco Miranda Rodrigues.

Em Novembro de 2016 uma psicóloga comparou, numa entrevista, a situação de ter um filho homossexual com a de ter um filho toxicodependente. A Ordem decidiu então um abrir um inquérito. Mas não há resultados. “[A queixa] está ainda no conselho jurisdicional e em segredo de justiça”, informa o bastonário.