Agência europeia: Pizarro diz que o Porto terá candidatura de "qualidade”

Líder da distrital do PS-Porto destaca “o esforço adicional que o Porto precisa de fazer para ter vitórias”.

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Manuel Pizarro diz que o Porto tem as mesmas condições que Lisboa para acolher Agência Europeia do Medicamento Nuno Ferreira Santos

O vereador e candidato do PS à Câmara do Porto, Manuel Pizarro, aplaudiu este sábado a decisão do Governo de reabrir o processo de candidatura de Portugal para acolher a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa), de forma a incluir também o Porto, e deixou certeza de que a cidade “apresentará uma candidatura de grande qualidade”, que poderá incluir o quartel militar da rua de Serpa Pinto.

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O vereador e candidato do PS à Câmara do Porto, Manuel Pizarro, aplaudiu este sábado a decisão do Governo de reabrir o processo de candidatura de Portugal para acolher a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa), de forma a incluir também o Porto, e deixou certeza de que a cidade “apresentará uma candidatura de grande qualidade”, que poderá incluir o quartel militar da rua de Serpa Pinto.

Embora satisfeito com a decisão do Governo, que representa um recuo do executivo numa decisão que já tinha tomado em Abril, Manuel Pizarro não deixou de dizer que “no Porto estamos muito habituados a ter de fazer um esforço adicional para ter vitórias”.

Em declarações aos jornalistas na sede da distrital do PS-Porto, Manuel Pizarro afirmou que, neste caso, o Porto não se limitou a queixar-se, tendo apresentado propostas concretas ao Governo. E deixou implícito que que foi na sequência dessas propostas que foi possível haver “esta alteração da posição” do Governo de António Costa. 

Na conferência de imprensa, que decorreu ao fim da tarde de ontem, o presidente da distrital do PS-Porto colocou o Porto em pé de igualdade com a cidade de Lisboa para disputar a candidatura da EMA e apontou argumentos. “O Porto tem uma grande parte dos clusters de saúde, é sede de uma região de convergência, tem um aeroporto e tem um profundo conhecimento deste dossier”, referiu, acrescentando: “Até ao dia 31 de Julho seremos capazes de apresentar uma candidatura de grande qualidade”.

A estes argumentos, juntou ainda um outro argumento de peso, relacionado com a coesão territorial. “A coesão territorial fica mais reforçada com a candidatura da cidade do Porto”, sustentou ainda o socialista, frisando que o Porto “sempre” exigiu “que o processo de candidatura fosse transparente”.

Quase à mesma hora, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fazia, também a partir do Porto, um apelo a uma "unidade nacional o mais ampla possível" em torno da localidade a candidatar à Agência Europeia do Medicamento, com vista a cumprir-se o "grande objectivo" de trazer aquela entidade para Portugal.

"Trata-se, agora, de estabilizar uma posição. O ideal é que seja consensual e que rememos todos na mesma direcção, porque a candidatura aproxima-se da fase final. O objectivo é que haja uma unidade nacional o mais ampla possível em torno da localização que for escolhida", acrescentou o Presidente da República.

Entretanto, a comissão de candidatura nacional a sede da Agência Europeia do Medicamento vai passar a incluir representantes de Lisboa e do Porto e vai ser iniciado "de imediato" um " trabalho conjunto que habilite a uma decisão final a apresentar até 31 de Julho”, refere uma nota do gabinete do ministro da Saúde, difundida este sábado ao final da tarde.

O Governo vai contactar a Câmara do Porto para que a cidade se associe ao processo de avaliação em curso para a nova localização da agência europeia - que vai deixar Londres devido à saída do reino Unido da União Europeia. “Tendo em conta os requisitos já conhecidos, só o Porto, a par de Lisboa, parece reunir condições para uma candidatura muito exigente e competitiva em termos europeus”, sublinha o gabinete de Adalberto Campos Fernandes.

O objectivo é, enfatiza-se, "aprofundar um trabalho conjunto de cooperação capaz de gerar soluções alternativas qualificadas, promotoras de uma única candidatura nacional, forte e afirmativa em termos europeus”.

No final de 2016, e tendo em conta “os requisitos pré-definidos", considerou-se que "Lisboa seria a cidade que reunia, à partida, as melhores condições para uma candidatura ganhadora”, acrescenta a nota, lembrando que esta decisão foi aprovada por resolução de Conselho de Ministros em Abril e que, em Maio, obteve “um voto de saudação, aprovado por unanimidade” pela Assembleia da República. Entretanto, prossegue, “no último mês, surgiram expressões de vontade de outras cidades”.

O ministério lembra ainda no comunicado que só no próximo Conselho Europeu, nos próximos dias 22 e 23, “serão aprovados os critérios definitivos” e nota que as candidaturas vão ser oficialmente apresentadas até 31 de Julho.