Abram alas para os Golden State Warriors

Triunfo por 129-120 sobre os Cleveland Cavaliers, no quinto jogo da final da NBA, fechou as contas em 4-1 e garantiu o segundo título de campeão em três anos para a equipa californiana

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Era um campeão anunciado: os Golden State Warriors conquistaram o título da NBA pela segunda vez em três anos, “vingando” o troféu perdido na temporada passada e repetindo o triunfo de 2015. No terceiro duelo consecutivo com os Cleveland Cavaliers, os californianos mostraram-se imparáveis e fecharam com chave de ouro uma época que roçou a perfeição. Os Warriors foram a melhor equipa da fase regular da NBA e concluíram os play-off com um registo de 16 triunfos e apenas uma derrota. Para os analistas, a questão não é se Stephen Curry, Kevin Durant e companhia vão voltar a ganhar – mas quantas vezes vão fazê-lo.

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Era um campeão anunciado: os Golden State Warriors conquistaram o título da NBA pela segunda vez em três anos, “vingando” o troféu perdido na temporada passada e repetindo o triunfo de 2015. No terceiro duelo consecutivo com os Cleveland Cavaliers, os californianos mostraram-se imparáveis e fecharam com chave de ouro uma época que roçou a perfeição. Os Warriors foram a melhor equipa da fase regular da NBA e concluíram os play-off com um registo de 16 triunfos e apenas uma derrota. Para os analistas, a questão não é se Stephen Curry, Kevin Durant e companhia vão voltar a ganhar – mas quantas vezes vão fazê-lo.

“Realisticamente, os Warriors de 2018 deverão ser melhores do que os de 2017 graças a mais um ano de coesão e à liberdade redescoberta após a sombra de 2016 e o seu final amargo. Golden State parece estar vacinado contra as principais causas que levam à destruição de uma dinastia. Talvez chegue uma altura em que a satisfação já não seja suficiente, em que alguém queira mais, em que não haja dinheiro para continuar, ou mesmo em que surja uma superequipa ainda mais super. Mas esse dia está tão longínquo que ainda nem se perspectiva no horizonte. Este campeonato é de Golden State até novo aviso”, escreveu Ben Golliver na revista Sports Illustrated.

Os Warriors têm as armas e os argumentos para manter o domínio na NBA. O núcleo duro formado por Stephen Curry, Kevin Durant, Klay Thompson ou Draymond Green está entre os 29 e os 27 anos, o que mostra que esta equipa está para durar. E o grande reforço Kevin Durant, que chegou há um ano quando o emblema californiano digeria a desilusão de ter deixado fugir o título – com vantagem de 3-1 na final disputada à melhor de sete, permitiu aos Cavaliers uma reviravolta histórica – encaixou na equipa como uma luva. O basquetebolista de 28 anos tornou-se no sexto jogador na história da NBA a marcar 30 ou mais pontos em cada um dos jogos da final, tendo concluído os cinco encontros com médias de 35,2 pontos, 8,4 ressaltos e 5,4 assistências.

Durant, cuja contratação por parte dos Warriors foi alvo de críticas por ter acentuado o desequilíbrio para as restantes equipas, sagrou-se campeão da NBA pela primeira vez na carreira e foi eleito o jogador mais valioso da final. “Nos últimos dois dias não consegui dormir. Sentia-me ansioso, agitado. Mas esta noite fomos realmente bons”, sublinhou após o triunfo que fechou as contas. “Podem chamar-nos superequipa, mas já houve muitas superequipas que não funcionaram. Trabalhámos em conjunto, acreditámos uns nos outros e sacrificámo-nos. E agora somos campeões”, resumiu.

“Obviamente estamos só a começar”, vincou Stephen Curry, admitindo que a derrota do ano passado serviu de aprendizagem para a equipa. “Fazer parte deste grupo deixa-me entusiasmado. Queremos alcançar algo especial. Estou pronto para repetir [a conquista do título].”

Os Warriors conseguiram eclipsar um desempenho histórico de LeBron James, que foi o primeiro jogador na história da NBA a terminar uma final com médias no triplo-duplo: 33,6 pontos, 12 ressaltos e 10 assistências. “Dei tudo o que tinha nos cinco jogos. Não tenho razão para sair de cabeça baixa”, disse a principal figura dos Cavaliers. James deu mérito ao adversário e concordou com quem prevê o início de uma dinastia dos Warriors: “Os melhores jogadores deles estão na casa dos 20 e não dão sinais de abrandar. A meu ver, é uma equipa feita para durar alguns anos.”

A hora é de celebrar e amanhã os Warriors desfilam em parada por Oakland. Independentemente das conquistas futuras, esta equipa terá lugar na história. Scott Cacciola, no The New York Times, não tem dúvidas: “Os Warriors serão para sempre conhecidos como uma das equipas mais talentosas na história da NBA, a par de outros adjectivos: equipa mais dominadora, mais deslumbrante, mais hábil a encestar lançamentos feitos de galáxias distantes.”