Restauração aguarda reunião com ministro da Saúde sobre taxa para junk food

Director-geral da AHRESP diz que “o ministro Saúde vai a breve trecho conversar" com a associação "sobre a matéria para analisar mais detalhadamente a questão”.

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“Se vivêssemos num mundo ideal, aquilo que é classicamente reconhecido por todos como ‘junk food’, hipercalórico, com elevado teor de sal e gordura saturados, seria claramente a nossa prioridade”, disse Adalberto Campos Ferreira Nuno Ferreira Santos/PÚBLICO

A Associação da Hotelaria Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) escusou-se hoje a comentar a possibilidade de o Governo avançar com uma taxa para os alimentos menos saudáveis, preferindo aguardar pela reunião que terá com o ministro da Saúde.

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A Associação da Hotelaria Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) escusou-se hoje a comentar a possibilidade de o Governo avançar com uma taxa para os alimentos menos saudáveis, preferindo aguardar pela reunião que terá com o ministro da Saúde.

“Não podemos comentar o que não sabemos o que é”, disse à agência Lusa José Manuel Esteves, da AHRESP. A associação terá “a breve trecho" uma reunião com o responsável pela pasta da Saúde.

Numa entrevista à agência Lusa, o ministro Adalberto Campos Fernandes revelou que as taxas sobre as bebidas açucaradas vão ser redefinidas para penalizar as mais prejudiciais à saúde e que o Governo pondera passar a taxar também produtos alimentares com elevados teores de sal ou gordura saturados.

“Se vivêssemos num mundo ideal, aquilo que é classicamente reconhecido por todos como ‘junk food’, hipercalórico, com elevado teor de sal e gordura saturados, seria claramente a nossa prioridade”, disse o governante.

Contactado pela Lusa, o director-geral da AHRESP afirmou apenas: “o ministro Saúde vai a breve trecho conversar connosco sobre a matéria para analisar mais detalhadamente a questão”.

Na entrevista, como medidas paralelas e adicionais já tomadas, Adalberto Campos Fernandes recordou a introdução de ementas vegetarianas nas escolas e as restrições a alguns alimentos mais calóricos nas máquinas de vendas automáticas dos hospitais do SNS.

“Vamos seguramente ser mais agressivos em 2018”, prometeu, indicando que as medidas são sempre tomadas e acompanhadas pelos representantes dos sectores.