Startups tentaram convencer investidores no Demo Day da Startup Lisboa
O evento anual reúne startups e investidores num cenário informal.
Mais de duas dezenas de startups apoiadas pela incubadora Startup Lisboa reuniram-se esta quinta-feira no Hub Creativo do Beato para mostrar o que estão a fazer na incubadora. Trata-se do Demo Day, um evento anual onde as empresas tentam atrair investidores e parceiros para as apoiar.
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Mais de duas dezenas de startups apoiadas pela incubadora Startup Lisboa reuniram-se esta quinta-feira no Hub Creativo do Beato para mostrar o que estão a fazer na incubadora. Trata-se do Demo Day, um evento anual onde as empresas tentam atrair investidores e parceiros para as apoiar.
Ao longo da tarde, num cenário informal – com decorações dos santos populares, paredes cobertas de placares que dizem “eat, pitch, love” (o lema do arraial da Startup Lisboa) – as várias startups (algumas portuguesas, outras internacionais) subiram ao palco para falar do que fazem.
"Gostamos e queremos mesmo sublinhar a importância do valor da comunidade que apenas se consegue construir a partir da partilha e aprendizagem em conjunto”, disse o director executivo da Startup Lisboa, Miguel Fontes, na abertura da sessão.
As apresentações foram rápidas, dando apenas tempo suficiente para as empresas explicarem o problema que se focam em resolver e o dinheiro que precisam. Algumas pediam milhares de euros, outras – em fases mais avançadas – mais de um milhão.
“Sim, esta sessão tem a particularidade de mostrar diferentes estágios de desenvolvimento”, admitiu Fontes, a falar para a plateia. O objectivo, explicou, é “estimular a aprendizagem e a inspiração” através de vários exemplos. Em vez de perguntas e respostas em palco, no final investidores e startups reúnem-se num arraial à moda dos santos populares para discutir as propostas num ambiente mais relaxado.
Desde a fundação, passaram 240 empresas (de 35 países diferentes) pela Startup Lisboa. Na área da tecnologia, fizeram apresentações, por exemplo, a GFoundry (uma aplicação móvel de jogos para estimular a aprendizagem, o conhecimento e a competitição em empresas), a Glartek (uma plataforma de realidade aumentada para facilitar a manutenção de aparelhos industriais) e a Cuckuu (uma mistura entre rede social e alarme que avisa as pessoas quando um evento, como um jogo de futebol, está a começar para que possam discutir e debater o tema quando é mais relevante).
Recentemente, a capital portuguesa foi destacada no relatório de 2017 da StartUp Genome, um projecto global que processa estatísticas de mais de dez mil startups em todo o mundo. De entre as cidades mencionadas, Lisboa é a que apresenta uma maior percentagem de fundadores (82%) de startups com um mestrado ou doutoramento. Duarte Cordeiro, o vice-presidente do município de Lisboa, que também esteve presemte. destacou o facto de a cidade ter uma percentagem acima da média de mulheres (17%) a lançarem startups (a diferença é de um ponto percentual face à média).