Mário Cláudio vence prémio dst com Astronomia
O júri escolheu por unanimidade o desassombrado romance autobiográfico que Mário Cláudio publicou em 2015.
O vencedor do Grande Prémio de Literatura dst, atribuído pela empresa Domingos da Silva Teixeira, é o romance Astronomia, de Mário Cláudio, escolhido unanimemente por um júri que incluiu Vítor Aguiar e Silva, José Manuel Mendes e Carlos Mendes de Sousa.
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O vencedor do Grande Prémio de Literatura dst, atribuído pela empresa Domingos da Silva Teixeira, é o romance Astronomia, de Mário Cláudio, escolhido unanimemente por um júri que incluiu Vítor Aguiar e Silva, José Manuel Mendes e Carlos Mendes de Sousa.
A nota do júri destaca a “invulgar qualidade narrativa” da obra, onde impera a harmonia “num tecido em que os tempos se estabelecem, dialogam e reconstituem”.
Com uma dotação monetária de 15 mil euros, o prémio é atribuído em anos alternados a obras de ficção e poesia. Astronomia sucede ao livro de poemas Bairro Ocidental, de Manuel Alegre, vencedor da edição de 2016.
O livro de Mário Cláudio já ganhara em Abril passado o prémio D. Dinis, da Casa de Mateus, numa decisão igualmente unânime de um júri constituído por Nuno Júdice, Fernando Pinto do Amaral e Pedro Mexia.
A cerimónia de entrega do prémio, que coincide sempre com o período em que decorre a Feira do Livro de Braga, está marcada para o próximo dia 30 de Junho, no Theatro Circo.
Nascido no Porto, Mário Cláudio é autor de uma vastíssima e muito premiada obra, na qual se destaca a ficção, com mais de 30 romances e novelas, mas que abarca também a poesia, o teatro, a crónica ou o ensaio.
Revelado como ficcionista com Um Verão Assim em 1974, quando já publicara três livros de poemas, o autor consagrou-se nos anos 80 com um conjunto de três biografias romanceadas (depois chamado Trilogia da Mão), respectivamente dedicadas ao pintor Amadeo de Souza-Cardoso, à violoncelista Guilhermina Suggia e à ceramista Rosa Ramalho. O seu último romance, Os Naufrágios de Camões, foi lançado em 2016.