Wawrinka é o favorito de quem não se fala

O torneio feminino de Roland Garros apresenta oito quarto-finalistas europeias.

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LUSA/CHRISTOPHE PETIT TESSON

Stan Wawrinka chegou a Paris com um título conquistado na véspera em Genebra e somou nesta segunda-feira a oitava vitória consecutiva para se qualificar para os quartos-de-final de Roland Garros, onde ainda não perdeu um set. Triplo vencedor de torneios do Grand Slam, o suíço mantém-se fiel à sua condição de não favorito mas sempre um potencial candidato a ganhar o título, como aconteceu em 2015.

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Stan Wawrinka chegou a Paris com um título conquistado na véspera em Genebra e somou nesta segunda-feira a oitava vitória consecutiva para se qualificar para os quartos-de-final de Roland Garros, onde ainda não perdeu um set. Triplo vencedor de torneios do Grand Slam, o suíço mantém-se fiel à sua condição de não favorito mas sempre um potencial candidato a ganhar o título, como aconteceu em 2015.

Sempre discreto, apesar de carregar a “pressão” de ser o número três do ranking, Wawrinka continua a demonstrar a sua força e experiência nos momentos importantes, como diante do amigo Gael Monfils (16.º ATP), a quem venceu, por 7-5, 7-6 (9/7) e 6-2. O francês fez o primeiro break, para 3-2, mas ao perder de imediato o serviço, deixou Wawrinka tomar o ascendente. Uma dupla-falta de Monfils entregou o set inicial. Na segunda partida, o francês ainda recuperou de 3/6 no tie-break, mas Wawrinka foi novamente o mais forte nos pontos cruciais, acabando o encontro de 2h46m em total domínio.

“Foram dois sets equilibrados, em condições difíceis, muito vento e muita tensão, porque conhecemo-nos muito bem”, explicou Wawrinka, campeão na Austrália (2014), Roland Garros (2015) e Open dos EUA (2016) sob a orientação de Magnus Norman, treinador sueco com quem começou a trabalhar em 2013.

Na quarta-feira, o suíço vai defrontar Marin Cilic (8.º), o primeiro croata a atingir os quartos-de-final de Roland Garros desde Mario Ancic e Ivan Ljubicic, em 2006. Cilic, campeão do Open dos EUA em 2014, vencia Kevin Anderson (56.º), por 6-3, 3-0, quando o sul-africano abandonou devido a uma lesão no adutor.

No outro “quarto”, vamos ter uma apetecível Andy Murray-Kei Nishikori. O líder do ranking somou a 650.ª vitória no circuito principal – a primeira aconteceu no Queen’s, em 2005 – ao afastar o russo Karen Khachanov (53.º), por 6-3, 6-4 e 6-4. Khachanov, que vai entrar no top 40, confirmou por que razão é um dos nomes mais falados da nova geração (NextGen), mas o escocês encontrou resposta para tudo.

Nishikori (9.º) reagiu muito bem a um primeiro set totalmente dominado por Fernando Verdasco (37.º) e, mais agressivo e com bolas mais profundas, acabou por prevalecer em 2h30m: 0-6, 6-4, 6-4 e 6-0.

O torneio feminino apresenta oito quarto-finalistas europeias – o que não acontecia no Grand Slam desde o Open da Austrália de 2012. Duas delas, Simona Halep (4.ª WTA) e Elina Svitolina (6.ª), vão disputar uma final antecipada, ou não fossem as jogadoras com mais encontros ganhos em terra batida nesta época.

Afectada por uma lesão nas costas que lhe apareceu meia-hora antes de entrar no court, Svitolina viu a croata vinda do qualifying, Petra Martic (290.ª) servir a 5-2 no set decisivo. Mas a ucraniana de 22 anos mostrou o seu valor ao vencer 20 dos 24 pontos seguintes, para vencer, por 4-6, 6-3 e 7-5. Halep levou somente 60 minutos para ultrapassar a espanhola Carla Suárez Navarro (23.ª), com um duplo 6-1.

No duelo francês, ganhou a mais credenciada Caroline Garcia (27.ª) apesar de um final de encontro em que os nervos contagiaram igualmente Alize Cornet (43.ª). A francesa de 23 anos não conseguiu fechar quando serviu a 5-3, cedendo com uma dupla-falta. No jogo seguinte, foi a vez de Cornet devolver a cortesia, com duas duplas-faltas, contribuindo para o 6-2, 6-4, com que Garcia se qualificou, pela primeira vez, para os quartos-de-final de um major.

Segue-se Karolina Pliskova (2.ª) que, ao ganhar por 2-6, 6-3 e 6-4 , terminou com a excelente prestação da paraguaia Veronica Cepede Royg (97.ª). Se a checa vencer mais dois encontros, a presença na final garantir-lhe-á o primeiro lugar do ranking.

No torneio júnior, Duarte Vale (18.º no ranking mundial do escalão) somou a segunda vitória, ao derrotar o francês Constantin Bittoun Kouzmine (19.º), por 5-7, 7-5 e 6-3, em duas horas e meia e depois de recuperar de 25 no segundo set.