Tiroteio em Manila: Daesh reivindica mas polícia nega acto de terrorismo

Polícia diz que pode tratar-se de um assalto. Atirador suicidou-se

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A polícia de intervenção cercou na noite desta quinta-feira um resort em Manila, a capital das Filipinas, onde se ouviram tiros e estrondos. Através da sua agência de propaganda o grupo islamista Daesh reivindicou o ataque mas o superintendente da polícia filipina, Ronald dela Rosa, afirmou que não existe qualquer indicação de que o tiroteio esteja relacionado com terrorismo e que pode tratar-se, afinal, de um assalto.

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A polícia de intervenção cercou na noite desta quinta-feira um resort em Manila, a capital das Filipinas, onde se ouviram tiros e estrondos. Através da sua agência de propaganda o grupo islamista Daesh reivindicou o ataque mas o superintendente da polícia filipina, Ronald dela Rosa, afirmou que não existe qualquer indicação de que o tiroteio esteja relacionado com terrorismo e que pode tratar-se, afinal, de um assalto.

Inicialmente as autoridades disseram que estavam à procura do atirador, porque as câmaras de vigilância não o conseguiram acompanhar devido ao fumo presente no local, mas horas depois o chefe da polícia de Manila, Oscar Albayalde, revelou que o homem se suicidou.

Ronald dela Rosa disse que a reivindicação por parte do Daesh pode ser apenas propaganda. Segundo o seu relato à rádio DZMM, um único homem caucasiano armado entrou na zona de jogos no resort, disparou sobre alguns televisores e incendiou algumas mesas, depois de as ter regado com gasolina. Os disparos, diz ainda, não foram dirigidos a pessoas, como foi inicialmente noticiado.

De acordo com o site de notícias Rappler.com, também citado pela Reuters, existem feridos. Mas o chefe da polícia nega: “Não entrem em pânico, não há causa para alarme. Não podemos dizer que isto é um acto de terror… ele não feriu ninguém”.  Ainda assim, fontes hospitalares adiantaram que houve 25 pessoas feridas ao tentarem escapar do local, algumas com fracturas ósseas e outras por inalação de fumo — nenhuma tinha sido baleada. Um dos funcionários do resort contou que várias pessoas ficaram feridas, e referiu que viu uma mulher atirar-se de um dos andares superiores para tentar escapar ao ataque.

Na sua conta de Twitter, a direcção do Resorts World Manila — que inclui um hotel, restaurantes, bares, um casino, um teatro, um cinema e um centro comercial — escreveu: “Estamos de momento fechados devido a relatos de tiros disparados por um homem não identificado. A empresa está a trabalhar de perto com a polícia filipina para garantir que os clientes e empregados estão a salvo. Pedimos que rezem por nós neste momento difícil”. Os bombeiros no local tinham dito à Reuters que havia um incêndio no segundo andar do edifício.

De acordo com a CNN, um homem com o rosto coberto teria disparado contra os hóspedes no segundo andar do edifício. Na altura, a polícia — que retirou os clientes que estavam no complexo — tinha apenas avançado que estava “no controlo da situação”.

As fotografias que as testemunhas publicaram nas redes sociais mostram fumo a sair de um dos andares do resort e feridos a serem assistidos pelas equipas de socorro.

Este ataque ocorre num momento em que o Governo das Filipinas combate militantes islamistas do grupo Maute, com ligações ao Daesh, que tentaram controlar a cidade de Marawi, na ilha de Mindanau (Sul do país). Os combates levaram o Presidente Rodrigo Duterte a declarar a lei marcial em Mindanau — avisou que poderia alargá-la a todo o país.