Autarcas exigem obras no Aeroporto do Porto
Área Metropolitana reúne-se na próxima segunda-feira com os responsáveis da ANA e esperam que seja retomado o plano de expansão do Sá Carneiro.
Na próxima segunda-feira a Área Metropolitana reúne-se com os responsáveis da ANA-Aeroportos de Portugal, para discutir a situação do Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Há meses que os autarcas pediam este encontro porque, com o crescimento do turismo na região e o aumento do tráfego de passageiros, entendem que tem de haver investimento na infra-estrutura, que lhe permita acomodar mais aeronaves e mais movimentos por hora.
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Na próxima segunda-feira a Área Metropolitana reúne-se com os responsáveis da ANA-Aeroportos de Portugal, para discutir a situação do Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Há meses que os autarcas pediam este encontro porque, com o crescimento do turismo na região e o aumento do tráfego de passageiros, entendem que tem de haver investimento na infra-estrutura, que lhe permita acomodar mais aeronaves e mais movimentos por hora.
Na reunião desta quarta-feira do conselho metropolitano, o presidente deste órgão e autarca da Feira, Emídio Sousa, pediu e obteve a concordância dos autarcas presentes para, seguindo uma sugestão do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, escrever à TAP sugerindo a criação de um hub para voos intercontinentais a partir do Porto. Isso permitiria corrigir a pressão actualmente existente sobre o aeroporto de Lisboa. A transportadora acabou com estes voos no Norte e abriu uma ponte aérea entre os dois aeroportos.
Apesar de criticarem esta opção – vista como uma forma de drenar passageiros para Lisboa – os autarcas da AMP entendem que o serviço pode servir para encaminhar passageiros do Sul que passem a ter de apanhar um voo intercontinental no Porto. “Há 300 quilómetros a separar estes dois aeroportos, e o país não pode centrar-se apenas em Lisboa”, insistiu Emídio Sousa, que viria a usar o mesmo argumento para justificar as vantagens da realização do Festival da Eurovisão numa cidade da Área Metropolitana – para além da Feira, Gondomar e, agora, Espinho, vão formalizar uma candidatura – e para a Agência Europeia do Medicamento.
Portugal é candidato a ficar com esta entidade – que sai de Londres, com o "Brexit" – e a AMP pretende lutar por ela, pela dinâmica que este sector tem na região, em empresas, universidades e laboratórios de investigação. A área metropolitana lembra que o facto de já existirem duas agências europeias em Lisboa é uma desvantagem para uma eventual candidatura da capital e, além disso, revelaria uma visão centralista que não existe, por exemplo, em Espanha, que tem cinco agências, e nenhuma em Madrid, insistem.