Marcelo considera que será justo uma revisão do rating até Setembro
Depois de comissário europeu dos Assuntos Económicos e do primeiro-ministro António Costa, também o Presidente da República defende que a saída do Procedimento por Défice Excessivo deve levar Portugal a sair da notação de "lixo".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta terça-feira que seria justo que as agências de rating revissem até Setembro a avaliação de Portugal, sublinhando que isso “vai reforçar a confiança dos investidores na economia”.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta terça-feira que seria justo que as agências de rating revissem até Setembro a avaliação de Portugal, sublinhando que isso “vai reforçar a confiança dos investidores na economia”.
"Vamos ver se isso ocorre a partir de Setembro. Se a evolução continuar a ser aquela que tem sido - estamos agora no principio de Junho -, até Setembro parece justo, parece justo haver aquilo que vai reforçar a confiança dos investidores na economia", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas depois de visitar o Centro de Desenvolvimento da Criança Torrado da Silva, no Hospital Garcia de Orta, em Almada.
De manhã, o comissário europeu dos Assuntos Económicos considerou que o desempenho económico de Portugal, que já resultou na saída do Procedimento por Défice Excessivo (PDE), merece também uma avaliação mais positiva por parte das agências de notação financeira.
O comissário reforçou que a saída de Portugal do PDE, decidida na semana passada pelo executivo comunitário, “recompensa os esforços importantes feitos por Portugal”, e observou que, embora não tenham alterado a nota à dívida de longo prazo do país (que permanece em ‘não investimento’, ou ‘lixo’), as agências de rating constataram “uma orientação positiva”.
Posteriormente, também o primeiro-ministro, António Costa defendeu que faz "pouco sentido" que as agências de rating mantenham a notação de Portugal "como se nada tivesse acontecido desde 2011" na situação económica e financeira do país.
Confrontado com estas declarações, o chefe de Estado sublinhou que já na segunda-feira, nas Conferências do Estoril, ouviu defender essa possibilidade.
"Ainda ontem [segunda-feira] estive nas Conferências do Estoril, estavam lá responsáveis financeiros europeus e todos eles elogiavam a evolução económica portuguesa. E vários deles diziam - para não dizer todos - que esperavam que isso viesse a ser reconhecido pelas agências de rating, em particular por aquelas que tem a notação maios baixa", acrescentou.