Falha informática pode custar 114 milhões de euros à British Airways
Companhia diz que problema teve origem numa falha de abastecimento de energia e nega ciberataque. Nesta segunda-feira mantêm-se muitos atrasos e cancelamentos.
A falha informática que, durante o fim-de-semana, levou ao cancelamento de mais de 1000 voos da British Airways poderá custar mais de 100 milhões de libras (114 milhões de euros) à companhia aérea, avança o Guardian. Reembolso das viagens, alojamento, refeições e custos dos negócios que ficaram por realizar são algumas das parcelas incluídas pelos peritos nestas contas.
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A falha informática que, durante o fim-de-semana, levou ao cancelamento de mais de 1000 voos da British Airways poderá custar mais de 100 milhões de libras (114 milhões de euros) à companhia aérea, avança o Guardian. Reembolso das viagens, alojamento, refeições e custos dos negócios que ficaram por realizar são algumas das parcelas incluídas pelos peritos nestas contas.
No sábado, todos os voos da British Airways com partida desde Heathrow ou Gatwick ficaram em terra e no domingo os cancelamentos e atrasos continuaram, afectando pelo menos 200 voos, nas contas do Guardian. E os problemas estão longe de estarem resolvidos. Nesta segunda-feira os jornais ingleses relatam que em Heathrow muitos aviões continuam em terra. Nas contas do Telegraph, há pelo menos 100 mil passageiros afectados.
Tanto neste aeroporto como no de Gatwick, a companhia apela a que os passageiros confirmem online se o voo foi cancelado ou está atrasado, para evitar deslocações em vão. A situação é particularmente complicada, uma vez que nesta segunda-feira é feriado naquele país, pelo que muitas pessoas aproveitaram o fim-de-semana prolongado para marcar viagens.
A transportadora aérea comprometeu-se a apresentar ainda nesta segunda-feira um plano de voos reforçado, para dar resposta aos passageiros que ficaram em terra no fim-de-semana e que ainda querem seguir viagem. A alternativa é receberem de volta o dinheiro investido. Os poucos passageiros que conseguiram levantar voo destes aeroportos no sábado e no domingo tiveram de seguir viagem sem bagagem.
A companhia aérea britânica tem negado que a falha informática tenha tido origem num ciberataque. O CEO da empresa, Alex Cruz, garantiu que tudo aponta para que o problema tenha começado com uma falha no abastecimento de energia. Independentemente da causa, nas redes sociais os passageiros foram relatando os cancelamentos e atrasos e tecendo críticas à British Airways pelo caos instalado nos aeroportos, com longas filas de espera até para se conseguir sair dos terminais.
Num vídeo publicado no YouTube, Alex Cruz disse que estão a trabalhar para que “as operações regressem à normalidade o mais rápido possível”, mas reconheceu que ainda não restauraram todos os sistemas informáticos envolvidos no problema. “Sei que este foi um momento horrível para os clientes. Alguns perderam as suas férias, outros ficaram retidos nos aviões, alguns ficaram separados das suas bagagens ou presos em longas filas enquanto esperavam informações. Em nome de todos os que trabalham na British Airways quero pedir desculpa pelo que aconteceu”, disse o CEO.
Na sequência desta falha, uma das maiores confederações sindicais britânicas, a GMB, atribuiu o problema aos cortes que a companhia fez nos últimos tempos, nomeadamente com reduções na área das tecnologias da informação e outsorcing do trabalho para a Índia.